O primeiro-ministro disse que a proposta orçamentária, entre cortes de impostos e subsídios, prevê mais 1.200 milhões de euros para apoiar empresas e famílias que enfrentam a crise do custo de vida.
Estes dados constam de uma mensagem vídeo de António Costa sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2022 – diploma aprovado pelo Conselho de Ministros Extraordinário realizado na terça-feira e apresentado hoje pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, na Assembleia da República.
“A guerra na Ucrânia ainda requer uma nova resposta. A proposta de Orçamento do Estado permite financiar uma série de medidas que demos para reduzir o aumento dos preços dos bens energéticos e agroalimentares e conter a inflação”, sustentou o chefe do Executivo na sua mensagem.
Segundo António Costa, “entre cortes fiscais e subsídios, a proposta orçamental prevê mais de 1.200 milhões de euros de apoio a empresas e famílias para fazer face à crise aberta pela guerra na Ucrânia”.
resposta concreta
“Assim, as respostas orçamentárias são concretas e isso nos faz seguir em frente. O orçamento está adaptado à nova situação, sem nunca se desviar dos seus objectivos estruturais e sem sair da trajectória de consolidação orçamental responsável, com cálculos correctos”, defendeu o primeiro-ministro.
Na sua mensagem, António Costa começou por referir que “cinco dias após a tomada de posse do Governo” apresentou a proposta de Orçamento do Estado para 2022 à Assembleia da República, “para que pudesse ser discutida e aprovada o mais rapidamente possível”.
“Este orçamento mantém as prioridades que definimos no final de 2021, pois mantemos os mesmos objetivos estratégicos e as mesmas ambições para o país: acelerar o crescimento e reforçar a coesão social. É um orçamento voltado para a classe média, centrado na juventude e favorável ao investimento e cumpre todos os compromissos que assumimos.”
O primeiro-ministro indicou mais tarde que o seu executivo “vai finalmente implementar o aumento extraordinário das pensões, a partir de 1 de janeiro”.
Reduzir impostos
“Vamos reduzir os impostos da classe média, por meio da divisão de patamares, e isentar do IRS outras 170 mil famílias, com renda mais baixa. Vamos duplicar bolsas para jovens que querem fazer mestrado e reduzir impostos para quem começa a trabalhar, reforçar e alargar o IRS para jovens”, salientou, aludindo a algumas das medidas orçamentais na área fiscal prometidas na campanha eleitoral para as eleições legislativas de 30 de janeiro.
António Costa destacou ainda que o Orçamento terá medidas para “aumentar os recursos do Serviço Nacional de Saúde (SNS)” e para “reforçar o apoio às crianças com o arranque de creches públicas gratuitas”.
“Começaremos com as crianças no primeiro ano, e com a criação de garantias infantis, que nos permitirão retirar 120 mil crianças da extrema pobreza”, explicou.
Promover negócios
António Costa defendeu ainda que nas propostas orçamentais do Governo, o quadro fiscal seja melhorado para “promover o empreendedorismo e a retenção de talentos”.
“Além do investimento privado, este orçamento também fortalece o investimento público. E implementa reformas transformacionais e investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência”, concluiu.
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