No ano passado, quase um quarto dos empresários da União Europeia (UE) estavam em risco de pobreza ou exclusão social. Face a 2020, este é o único estrato profissional que registou uma diminuição da situação de pobreza, passando de 22,6% para 23,6%. E Portugal é o segundo país com a taxa mais elevada, com 32,4%.
De acordo com um relatório do ECO, a percentagem nacional aumentou de 2020 para 2021 em dois pontos percentuais, agravando a situação dos trabalhadores independentes em risco de pobreza. Este é o nível mais alto em seis anos, segundo dados publicados pelo Eurostat.
Apenas a Roménia apresenta uma taxa mais preocupante do que Portugal, que se situa nos 70,8%, um aumento de 5,1 pontos percentuais face à percentagem apurada em 2020.
A Estónia completa a lista dos três países da UE com maior risco de pobreza e exclusão social entre os trabalhadores independentes, com pontuações muito semelhantes às de Portugal (32,2%).
Em contraste, a situação de pobreza dos trabalhadores independentes melhorou nos 11 países da UE, com a Irlanda e a Hungria a registarem as maiores descidas nesta taxa (-3,2 e 3,7 pontos percentuais, respetivamente).
A República Checa (7,4%), Hungria (7,7%) e Chipre (9,5%), por sua vez, são países onde o risco de pobreza ou exclusão social para os empresários é menos expressivo.
Globalmente, as taxas de risco de pobreza ou exclusão social dos desempregados, reformados e trabalhadores da UE caíram 1,6, 0,6 e 0,3 pontos percentuais, respetivamente.
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