LISBOA (Reuters) – Os sites de um dos maiores jornais de Portugal e de uma grande emissora, ambos de propriedade do maior conglomerado de mídia do país, Impresa, caíram nesta segunda-feira após serem atingidos por um ataque de hackers no fim de semana.
O jornal Expresso e a televisão SIC disseram ter denunciado o incidente ao Departamento de Investigação Criminal da PJ e ao Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) e vão apresentar queixa.
Os supostos hackers, que se autodenominam Lapsus$ Group, postaram uma mensagem nos sites de que dados internos vazariam se o grupo de mídia não pagasse um resgate. A mensagem continha e-mail e informações de contato do Telegram.
O grupo não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.
A Lapsus$, que alega ter obtido acesso à conta Amazon Web Services da Impresa, também enviou um e-mail de phishing aos assinantes do Expresso e tuitou a partir da conta verificada do jornal no Twitter.
O mesmo grupo teria invadido o site do Ministério da Saúde brasileiro no mês passado, desligando vários sistemas, incluindo um que fornece informações sobre o programa nacional de vacinação e outro usado para emitir certificados digitais de vacinação.
O coordenador do CNCS, Lino Santos, disse ao jornal Observador que foi a primeira vez que o grupo lançou um ataque no país.
Os sites do Expresso e da SIC estão offline desde domingo, com os sites a apresentarem uma mensagem a dizer que estão “temporariamente indisponíveis” após o ataque e que voltariam “assim que possível”.
Enquanto isso, ambas as empresas de mídia estão postando notícias em seus canais de mídia social. Eles chamaram isso de “ataque sem precedentes à liberdade de imprensa na era digital”.
(Reportagem de Catarina Demony; Edição de Inti Landauro e Louise Heavens)
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