Portugal é 24.º mais competitivo em termos de talento

Portugal tem sido mais competitivo em termos de talento este ano. Subiu do 26.º para o 24.º lugar numa tabela que analisa a competitividade de 63 países em termos de atração, desenvolvimento e retenção de talento, sendo liderada pela Suíça, Suécia e Islândia.

No entanto, em termos de atratividade, o país caiu dez posições, fixando-se agora no 40º lugar, revelou o ranking mundial de talentos 2022 do IMD World Competitiveness Center, divulgado pela ECO.

“Segundo os dados, atrair e reter talentos, motivar funcionários e drenar talentos deve ser a preocupação dos líderes e gestores das empresas. Mais do que atrair talento, o desafio de Portugal é conseguir retê-lo. Salário e benefícios são um fator importante na tomada de decisão profissional, mas não o único”, afirma Ramon O’Callaghan, reitor da Porto Business School, parceiro nacional exclusivo nos rankings.

“É importante introduzir e integrar os profissionais em projetos mais interessantes e apostar na conversão e reconversão de talentos, apostando na formação e desenvolvimento das pessoas. Importa também desenhar modelos de trabalho que promovam a flexibilidade (o que implica uma maior responsabilidade na gestão do trabalho) e um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal”, acrescentou em comunicado.

Depois de alcançar o seu melhor resultado em 2018, quando foi 17.º classificado, Portugal perdeu nos últimos três anos. No entanto, este ano conseguiu finalmente inverter a tendência, subindo novamente na classificação. Portugal registou uma subida de duas posições face ao ano anterior, passando a ocupar o 24º lugar.

O resultado foi marcado pelo crescimento do país nos fatores “Investimento & Desenvolvimento” (que passou da 25ª para a 22ª), graças ao desempenho positivo dos critérios razão aluno/professor no ensino fundamental e razão aluno/professor no ensino médio, e “Preparação” (que subiu seis níveis, passando da posição 25 para a posição 19), justificada pelo desempenho positivo no critério competências linguísticas.

A participação feminina na força de trabalho (49,7%) também é um dos principais destaques nacionais. Por outro lado, a formação de colaboradores é a maior fragilidade nacional neste fator, sendo Portugal mesmo o último classificado (61.º lugar).

Apesar da melhoria conseguida na classificação geral, Portugal registou uma descida de dez posições no fator “Atratividade”, posicionando-se agora no 40.º lugar. A queda foi baseada em “critérios de desempenho para atrair e reter talentos, índice de motivação dos funcionários, fuga de talentos e percepção de justiça, o que indica baixo desempenho”, diz o documento.

Chico Braga

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