O SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras que recentemente foi ‘muito-notícia-por-todos-errados’ – deixou ‘oficialmente’ de existir (embora na realidade continue por algum tempo).
A partir de hoje (quinta-feira, 15 de abril), segundo o jornal estatal Diário da República, foi substituído pelo SEA (Serviço de Estrangeiros e Asilo), tendo o controlo das fronteiras do país entregue à PSP/GNR. .
A mudança vem ‘há algum tempo’. Se acreditarmos no governo, foi um plano antes de três inspetores do SEF serem julgados pelo brutal assassinato de um ucraniano pai de dois filhos (clique aqui).
Mas isso não aconteceu ‘pacificamente’. O sindicato dos inspectores do SEF cuspiu a proverbial tinta. Os políticos de centro-direita PSD e CDS também se opuseram à mudança.
Segundo Acácio Pereira, presidente do Sindicato da Inspecção do SEF, a cessação do seu serviço foi “uma tentativa do governo de dar um golpe político e constitucional para ‘salvar a pele’ do ministro do Interior Eduardo Cabrita” – um homem que tem sido consistentemente culpado pela escassez que levou às mortes ucranianas (clique aqui). aqui).
Na mentalidade de Pereira, o fato de a extinção ter sido ‘anunciada’ no Diário da República não tem sentido: tem que passar primeiro pelo parlamento – e é claro o que ele e aqueles que o apoiam vão pressionar nos próximos meses. .
A intenção do governo é que a partir de agora a SEA trate de todas as questões burocráticas (técnico-administrativas) para legalizar estrangeiros / lide com questões de asilo – o que significa que vai ‘cooperar com a agência do Espaço Schengen e outras agências europeias com controle de fronteiras e asilo’, considerando que a questão do ‘policiamento’ será entregue aos agentes da PSP/GNR e, se necessário, à PJ (polícia judiciária).
Como as coisas avançam continua a ser visto.
Para já, o partido de centro-direita do PSD disse com franqueza que na sua opinião toda a questão é uma “cortina de fumo” para “desviar a atenção da grande fragilidade” da criação da Cabrita – enquanto o CDS-PP descreveu a reestruturação como “ prejuízo muito grave para a instituição.” (SEF/SEA) e para o país como um todo”.
Para os cidadãos comuns que simplesmente tentam legalizar os papéis, a medida pode causar mais dores de cabeça e confusão do que os atrasos que a pandemia criou. O SEF/SEA, por exemplo, está em processo de emitir todos os residentes do Reino Unido legalizados com os documentos de residência ‘biométricos’ que se tornaram necessários como resultado do Brexit. Toda a papelada foi ‘exigida’ meses atrás, e desde então… completo silêncio.
natasha.donn@algarveresident.com
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