LISBOA (Reuters) – A tripulação de cabine da companhia aérea portuguesa TAP cancelou uma greve que teria forçado o cancelamento de 1.316 voos entre 25 e 31 de janeiro, após chegar a um acordo com as companhias aéreas, informou o sindicato SNPVAC nesta segunda-feira.
“Há acordo, mas ainda há muito descontentamento”, disse o presidente do sindicato, Ricardo Penarroias, a repórteres após a assembléia geral.
Os sindicatos convocaram uma greve de sete dias para exigir salários mais altos e melhores condições de trabalho.
Penarroias disse que a TAP cumpriu 12 e meia das 14 reivindicações do sindicato. Ele disse que a companhia aérea não alterou o contrato de trabalho que descreveu como “crítico” e não adicionou tripulação adicional em voos de longa distância.
“Os problemas não desaparecem só porque existe um acordo… por menor que seja vamos lutar de novo”, disse Penarroias.
A TAP não reagiu de imediato à decisão do sindicato de cancelar a greve.
A TAP informou esta quinta-feira que em resultado da greve teve de cancelar 1.316 voos, afetando cerca de 160 mil passageiros e custando receitas na ordem dos 48 milhões de euros (52,11 milhões de dólares).
A companhia aérea estatal está sob um plano de resgate de 3,2 bilhões de euros aprovado pela União Europeia, que inclui reduzir sua frota, cortar mais de 2.900 empregos e reduzir os salários da maioria dos trabalhadores em até 25%.
Os sindicatos já entraram em greve antes de 8 a 9 de dezembro, forçando o cancelamento de centenas de voos e afetando milhares de passageiros antes das festas de fim de ano.
(US$ 1 = 0,9211 euros)
(Reportagem de Patricia Vicente Rua; Edição de Catarina Demony e Grant McCool)
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