LONDRES (Thomson Reuters Foundation) – As cidades podem salvar centenas de vidas e reduzir as emissões de carbono usando tecnologias inteligentes, como mapeamento de crimes em tempo real e sinais de trânsito inteligentes, disseram pesquisadores nesta quinta-feira.
Ferramentas de ponta ajudariam a reduzir os índices de criminalidade, tempo de deslocamento e mortes, de acordo com o relatório do McKinsey Global Institute, que analisa o uso de tecnologia inteligente em 50 cidades ao redor do mundo.
Soluções avançadas e inteligentes podem usar dados e tecnologia digital para monitorar eventos em tempo real, observar mudanças de padrão e responder rapidamente e com menor custo, diz o relatório.
O mapeamento do crime em tempo real pode reduzir roubos e agressões em até 40%, permitindo que a polícia responda mais rapidamente, diz a pesquisa.
As cidades da América Latina, que têm as maiores taxas de homicídios do mundo, poderiam implantar ferramentas de alta tecnologia, como detecção de tiros e policiamento preditivo que pode prever o crime, disse Jaana Remes, sócia da McKinsey, à Thomson Reuters Foundation.
“As cidades apenas arranharam a superfície de todas as formas criativas de usar dados e tecnologias digitais para reinventar a forma como prestam serviços”, disse ela.
O Rio de Janeiro já experimentou tais aplicativos de segurança.
Moscou instalou milhares de câmeras e sinais de trânsito inteligentes que podem economizar segundos críticos na jornada de uma ambulância até uma emergência e reduzir o tempo de resposta em até 35%, disse ela.
As tecnologias inteligentes de saúde incluem a telemedicina digital, que pode realizar consultas por videoconferência, uma solução para cidades que enfrentam escassez de médicos, disse o relatório.
Dispositivos de monitoramento remoto de pacientes que fazem leituras importantes e as enviam aos médicos para avaliação podem ajudar a reduzir as internações hospitalares, afirmou.
Cingapura e Tóquio estão expandindo o uso de tais dispositivos em resposta ao envelhecimento de suas populações, disse Remes.
De acordo com o relatório, a poluição do ar, que causa mais de três milhões de mortes prematuras por ano, poderia cair quase 15% se as cidades usassem preços dinâmicos de eletricidade, que cobram preços mais altos do consumidor quando a demanda atinge os horários de pico.
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