Quando você pensa em nômade digital, pode pensar em destinos de viagem tropicais.

Mas a tendência também aumentou na Europa, e Portugal acaba de anunciar um novo programa de nômade digital que abrirá inscrições este mês.

O governo confirmou na semana passada que trabalhadores de todos os países que não fazem parte da União Europeia ou do Espaço Econômico Europeu podem solicitar o visto de trabalho remoto e residência a partir de 30 de outubro.

São necessários comprovante de residência fiscal, detalhes do emprego, como um contrato, e comprovante de renda dos trabalhadores.

Os candidatos também devem ganhar pelo menos quatro vezes o salário nacional português. Isso é atualmente 822 euros, o rendimento mensal mínimo para os nómadas digitais rondaria assim os 3.288 euros.

A comunidade de nômades digitais está crescendo rapidamente na Europa, e cada vez mais países estão criando vistos especiais para estrangeiros trabalharem remotamente lá. Croácia, Islândia e Grécia estão entre os que já oferecem esse tipo de visto, enquanto outros, como a Espanha, planejam introduzi-lo em breve.

Portugal já é um destino de eleição para trabalhar e viver no estrangeiro. Praias, cidades e montanhas – o pequeno país de 10 milhões de habitantes tem de tudo. E combinado com um custo de vida mais barato em comparação com muitos países europeus e os EUA, tornou-se popular entre os expatriados.

Cerca de 7.000 americanos residiam no país do sul da Europa no final de 2021, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Gabinete de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal. Globalmente, a proporção de estrangeiros a residir em Portugal é a mais elevada de sempre.

A pesquisa aponta que Portugal é o terceiro país mais seguro do mundo para os nômades digitais, o nono lugar no ranking dos países mais saudáveis ​​para quem trabalha e vive no exterior e uma plataforma para nômades digitais lista nômade classifica Lisboa, a capital de Portugal, como um dos principais destinos de viagem com base no feedback de sua comunidade.

A classificação positiva ocorreu apesar de Portugal não ter um visto oficial de nômade digital até o momento. As opções incluem o visto D7, que foi projetado para aposentados, mas é usado por pessoas de todas as idades que desejam morar e trabalhar no exterior. Qualquer pessoa pode se inscrever desde que sua renda seja superior ao salário mínimo local, mas exige que os titulares permaneçam no país por um determinado número de meses a cada ano.

Outra alternativa (significativamente mais cara) é o Golden Visa. A residência portuguesa pode ser adquirida por um investimento mínimo de € 350.000, que deve ser mantido por pelo menos cinco anos. Os titulares do Golden Visa só precisam permanecer no país por uma semana a cada ano para manter seu status.

As críticas a esses programas são generalizadas: alguns argumentam que eles, particularmente o Golden Visa, podem ser usados ​​como um meio de “comprar” a cidadania, enquanto outros estão preocupados principalmente com o fato de que o influxo de estrangeiros aumentará os preços das unidades locais.