LISBOA, 17 Mar (Reuters) – Os funcionários de cabine da EasyJet Plc (EZJ.L) em Portugal farão uma greve de três dias no início de abril para exigir salários mais altos para compensar o aumento do custo de vida, disseram membros do sindicato da aviação civil SNPVAC nesta sexta-feira.
Os trabalhadores da transportadora britânica de baixo custo, também em busca de melhores condições de trabalho, planejam sair entre 1 e 3 de abril.
“Devido ao clima econômico, os trabalhadores da easyJet perderam poder de compra nos últimos três anos”, afirmou o SNPVAC em comunicado. “O aumento do custo de vida está sufocando os trabalhadores e colocando em risco o bem-estar e o conforto de suas famílias.”
Ele também apontou que a base e as rotas portuguesas da easyJet estavam entre as mais lucrativas, e que em outros países onde a lucratividade foi menor, os funcionários tiveram “aumentos significativos”.
O sindicato não especificou o tamanho do aumento que estava buscando.
A companhia aérea, que deverá sofrer interrupções no seu programa de voos de e para Lisboa, Porto e Faro durante a greve, disse que leva a sério sua responsabilidade como empregador e emprega toda a tripulação sob contratos locais, aprovados pelo sindicato.
“É impossível comparar termos e condições em diferentes jurisdições.”
“Estamos desapontados com esta ação, especialmente considerando os investimentos significativos que fizemos no país nos últimos anos que criaram centenas de novos postos de trabalho em Portugal e esperamos que o SNPVAC continue um diálogo construtivo connosco”, refere a empresa.
A inflação portuguesa desacelerou para 8,2% na comparação anual em fevereiro, de 8,4% no mês anterior, mas o núcleo da inflação aumentou, impulsionado pelos preços dos alimentos não processados.
Atualmente, em Portugal, a easyJet é proprietária de 19 aviões e conta com mais de 750 colaboradores.
Reportagem de Patrícia Vicente Rua; Editado por Andrei Khalip, Jan Harvey e David Gregorio
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