As chuvas que caíram nos últimos dias no Algarve reduziram o impacto da seca na agricultura, mas têm “pouca significância” no que diz respeito ao volume de água armazenado na barragem.
Teresa Fernandes, da Águas do Algarve, empresa que gere o sistema multimunicipal de abastecimento de água do Algarve, disse que “a pluviosidade ainda não se refletiu no volume de água armazenado nas barragens da região, que se mantêm em níveis abaixo do desejado para esta época do ano. hidrologia”.
Indica oficialmente que o volume de água armazenado nas barragens de Odeleite e Beliche, no Sotavento Algarvio, Odelouca e Bravura, no Barlavento Algarvio, está “inalterado” face aos dados registados em fevereiro.
“As chuvas que caem praticamente não afetam os níveis de armazenamento, mas contribuem para minimizar o impacto da seca nas terras agrícolas, reduzindo a pressão sobre as retiradas de água das barragens para irrigação da maioria das culturas”.
As Barragens do Algarve em Odeleite e Beliche, ambas a leste do Algarve, e em Odelouca e Bravura, a oeste, mantêm níveis inferiores a 50% do seu volume útil de armazenamento, sendo a Bravura, no concelho de Lagos, a mais preocupante situação, apenas 14, 5% da capacidade utilizável.
Não chove o suficiente
Teresa Fernandes sublinhou que a quantidade de chuva a cair na região foi “até agora insuficiente” para atenuar a seca extrema que a região enfrenta, situação que só poderá ser ultrapassada se as chuvas continuarem a cair no próximo mês.
“A nossa esperança é que as chuvas continuem a cair até abril, para aumentar o volume da albufeira da barragem do Algarve”, disse.
Para fazer face à situação da seca, o porta-voz da Guache do Algarve reiterou a importância de “sensibilizar a necessidade de conservar a água”.
“A água é um recurso que deve ser usado com responsabilidade, numa altura em que a escassez de água continua a ser sentida devido às alterações climáticas”, disse.
“Criador. Totalmente nerd de comida. Aspirante a entusiasta de mídia social. Especialista em Twitter. Guru de TV certificado. Propenso a ataques de apatia.”