“A reunião não acrescentou nada à nossa intenção. Nomeadamente APMA [future Portuguese Agency for Migration and Asylum] diploma, que não nos foi enviado. (…) Nada é garantido. Vamos continuar batendo. Nem há muita abertura nesta questão”, disse à Lusa Artur Girão, presidente do Sindicato dos Empregados Estrangeiros e Serviços de Fronteiras (SINSEF).
Em causa está a integração dos trabalhadores do SEF na Polícia Judiciária, no Registo Civil e no NotariadoIRN) e na futura APMA no âmbito do processo de reestruturação do organismo, negociando com o Governo o projeto de lei de decisão que rege a transferência de trabalhadores.
Na segunda-feira, em Matosinhos, Porto, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse aos jornalistas que esperava chegar a um acordo com os dirigentes sindicais e inspetores do SEF, que também deram aviso prévio para greve, entre quinta-feira e segunda-feira seguinte. .
A estrutura sindical está em desacordo com a forma como o Governo pretende transferir trabalhadores, tendo em conta os inspectores sindicais que o projecto de decreto-lei que iria regular a transferência de inspectores do SEF para a PJ não garante o princípio “trabalho igual, remuneração igual”.
A greve do Sindicato das Carreiras de Investigação e Fiscalização do SEF (SCIF/SEF) coincide com o período da Páscoa e pode causar perturbações no aeroporto.
Manifestando-se insatisfeito com o processo de transferência em curso, Artur Girão disse que hoje haverá uma “pequena manifestação” junto ao SEF na Avenida António Augusto de Aguiar, em Lisboa, pelas 10h00.
“A porta estará fechada. Esperamos uma adesão muito alta a esses avisos. A insatisfação interna é enorme”, afirmou, acrescentando que não haveria serviço mínimo.
O presidente do SCIF/SEF, Acácio Pereira, disse depois de amanhã que a decisão de manter a greve seria tomada esta noite.
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