Ministro da Saúde ‘sob suspeita, investigação do Ministério Público’

Manuel Pizarro “não tem conhecimento de nenhum caso”

Segundo a emissora estatal RTP, as suspeitas giram em torno de supostos subterfúgios e/ou abuso de poder. Mas o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirma não ter sido contactado; diz que “não tinha conhecimento de nenhum caso”, mas admite “só tentar ajudar um amigo”.

Esta história poderia ser apenas mais uma tentativa de mais absurdo em uma festa já sob fogo?

Existem versões em vários relatos da mídia hoje – nenhum deles chega “nas manchetes”: Ministro da Saúde Manuel Pizarro ‘pode ter pedido um favor’ para ajudar outro membro do Partido Socialista a encontrar um emprego para o qual não estava totalmente qualificado.

Só não está muito claro.

O Sr. Pizarro teria pedido o favor ao presidente da câmara de Vila Nova de Gaia quando ele (Pizarro) era deputado europeu. (A comunidade de Vila Nova de Gaia está nas notícias pelas razões erradas neste momento).

O autarca Eduardo Vítor Rodrigues afirmou ontem que não se lembra se isso aconteceu mas disse que o senhor Pizarro “talvez tenha pedido um favor…”

A confusão aumenta quando se descobre que essa abertura específica no Conselho pode não ter sido necessária. “Só houve um concurso (para a obra) porque o Manuel Pizarro o tinha pedido‘ de acordo com relatórios.

Estamos, portanto, a falar de “um trabalho que não era realmente necessário e que possivelmente deveria ser atribuído a um membro do Partido Socialista que não estava qualificado para o efeito”. Mas neste caso parece ser um membro do Partido Socialista não conseguiu o emprego no finalentão toda a história poderia ser uma intriga de sexta para ser esquecida na segunda (ou até no sábado…).

No entanto, Eduardo Vítor Rodrigues foi classificado como “arguido” (suspeito oficial) numa investigação Suspeita de subterfúgio (abuso de cargo público) tIsso vai além da possibilidade de Manuel Pizarro ter lhe pedido um favor.

O Expresso explica: “Eduardo Vítor Rodrigues é acusado de corrupção, abuso de poder e subterfúgio. Diz-se que o prefeito ajudou nisso Jorge Botelho, actual deputado do PS por Faro e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros (assim como ex-presidente da Câmara Municipal do Algarve e presidente da AMAL) para evitar a perda do mandato em 2016 depois de ter rompido acordo com o Estado ao não aumentar o IMI após ter obtido um empréstimo para saldar a dívida da Câmara Municipal de Gaia.

“Segundo as suspeitas do Ministério Público, Rodrigues teria descumprido decisão judicial sobre a cassação do mandato ao convencer Jorge Botelho a não homologar um relatório da Inspecção-Geral das Finanças Ele certificou que havia violado o acordo com o estado. O O prefeito foi reeleito e no final a sentença até perdeu o efeito por referir-se apenas ao mandato anterior.

O autarca de Gaia é ainda acusado de permitir que a administração da GAIURB (empresa de urbanismo e habitação de Gaia) “de forma arbitrária” e “sem ser obrigada a pagar” realizasse contratos públicos com o grupo Global Media (que também inclui o “Diário de Notícias”, “Jornal de Notícias” e rádio TSF). “Eduardo Vítor Rodrigues terá pedido a um membro do conselho de administração da empresa para que os jornais e estações de rádio do grupo preparem notícias e conferências de cobertura para dar continuidade ao trabalho da autarquia de Gaia e do seu autarca”, refere o Expresso.

Manuel Pizarro entretanto esclareceu hoje que não é oficialmente suspeito em nenhuma investigação. O que ele fez (tentando ajudar outro socialista) foi “normal”. Ele insiste que não pediu “tratamento excepcional”.

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Marco Soares

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