Os incêndios florestais já queimaram mais de 106.500 hectares em Portugal este ano, tornando-se a quarta maior área ardida nos últimos 10 anos, 36% acima da média, anunciou esta quarta-feira o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
O último relatório do ICNF shows que entre 1 de janeiro e 31 de agosto, 9.701 incêndios rurais resultaram numa área ardida de 106.639 hectares (ha), dividida entre povoamentos (54.328 ha), matagal (42.367 ha) e terrenos agrícolas (9.944 ha).
“Comparando os números de 2022 com os dos últimos 10 anos, verifica-se que houve menos 15% de incêndios rurais e mais 36% de áreas ardidas do que a média anual dos últimos 10 anos”, lê-se no documento.
Dados preliminares mostram que os anos com mais áreas queimadas na última década foram 2017 (236.485 ha), 2013 (130.393 ha) e 2016 (128.515 ha).
Segundo o ICNF, a maioria dos incêndios ocorreu nos distritos do Porto (2.294), Braga (1.066) e Vila Real (830) e foram “maioritariamente pequenos” com não mais de um hectare de área ardida, mas o distrito mais atingido foi o da Guarda com 24.773 hectares, o que representa mais de 23% da área total queimada em 31 de agosto.
O maior incêndio até à data deflagrou a 6 de agosto no concelho da Covilhã e atingiu a zona da Serra da Estrela em 11 dias, destruindo 24.334 hectares de floresta, seguindo-se o incêndio no concelho de Murça (Vila Real). Em julho, foram causados 7.184 hectares de área queimada.
De acordo com o documento, julho é o mês com maior número de incêndios rurais, com um total de 2.745 incêndios, representando 28% do total registado este ano, e é também o mês com maior área ardida, 49.888 hectares. que representa 47% do total.
O maior incêndio até à data começou a 6 de agosto no concelho da Covilhã e durou 11 dias na região da Serra da Estrela, destruindo 24.334 hectares de floresta.
De acordo com o relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), um quarto dos incêndios rurais registados este ano foram provocados por incêndios criminosos, sendo a segunda causa mais frequente, a seguir ao desmatamento e incêndios criminosos.
De acordo com o ICNF, o incêndio criminoso representa 25% de todos os casos até agora.
Leia mais com EURACTIV
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