Algarve estaria melhor sem portagem da A22, admite ministro

Grupos antipedágio pedem a abolição dos pedágios desde que foram introduzidos em 2011

O ministro da Coesão Territorial de Portugal admitiu no Parlamento que o Algarve estaria melhor sem portagem na autoestrada A22 da região (também conhecida como Via do Infante).

A admissão de Ana Abrunhosa ocorreu durante uma audição perante a Comissão da Administração Pública, Ordenamento do Território e Energia Local, segundo noticiou esta semana lusa agência de notícias.

Grupos antipedágio denunciam o impacto negativo dos pedágios desde que foram introduzidos nas SCUTS, antes gratuitas para os usuários.

Resta saber se a admissão do ministro terá consequências concretas.

Abrunhosa garantiu que o Governo está determinado a “reduzir ainda mais” as portagens nas autoestradas, em particular na A22, chegando mesmo a afirmar que a “melhor solução” para o Algarve passa pela abolição total das portagens.

Como explicou o Ministro (e como bem sabem os algarvios), a única alternativa à A22 é a EN125 – uma estrada que nunca se revelou uma alternativa viável a uma autoestrada. Geralmente tem apenas uma faixa em cada sentido e muitas vezes passa por várias cidades, o que leva a grandes gargalos, principalmente nos horários de pico.

Para piorar a situação, o troço nascente da estrada entre Olhão e Vila Real de Santo António necessita há anos de obras urgentes, mas as obras estão constantemente a atrasar.

Outro problema apontado pelo ministro é que pagar o pedágio é tudo menos intuitivo.

O site da Via Verde explica-o assim: “Se o seu veículo tiver matrícula portuguesa, pode pagar portagens através dos seguintes sistemas: Via Verde Portugal, CTT, Satelise ou Paytolls”. matrícula, pode pagar as portagens através dos seguintes sistemas: transponder emitido pela Via Verde Portugal, Tollcard, Easy Toll, Paytolls ou outros métodos de pré-pagamento consoante o tipo de viagem que está a realizar.”

O que os responsáveis ​​pelo sistema de pagamento das autoestradas parecem esquecer é que os turistas de férias no Algarve não se querem dar ao trabalho de descobrir este sistema e que muitos (sabendo ou não) simplesmente não pagam. Isso, por sua vez, torna muito mais difícil cobrar o pedágio.

Para já, porém, um alto funcionário do governo parece ter finalmente registado que as portagens da A22 não são “a solução” de que o Algarve precisa.

Por Michael Bruxo
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Nicole Leitão

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