BEIRUTE (Reuters) – Forças do governo sírio atacaram posições no noroeste do país neste domingo, disse o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Este foi o dia mais pesado de ataques aéreos desde que uma grande campanha contra o território controlado pelos rebeldes começou há quase quatro semanas.

O bombardeio ajudou as forças do governo apoiadas pela Rússia a capturar a pequena cidade de Kafr Nabouda, no norte da província de Hama. Esta é a terceira vez que mudou de mãos na ofensiva recente, disseram fontes de ambos os lados.

O Observatório disse que 12 pessoas foram mortas em ataques aéreos e terrestres em várias áreas, incluindo a cidade de Maarat al-Numan.

O ataque desde o final de abril, concentrado principalmente nas partes do sul da província de Idlib e nas partes adjacentes de Hama e Latakia, marca o conflito mais feroz entre o presidente Bashar al-Assad e seus inimigos insurgentes desde o verão passado.

De acordo com a União de Organizações de Cuidados Médicos e Socorro (UOSSM), que apoia as unidades de saúde, o atentado matou 229 civis, feriu 727 e forçou mais de 300.000 pessoas a fugir desde 28 de abril.

Rami Abdulrahman, diretor do observatório, disse que aviões e helicópteros do governo sírio lançaram mais de 280 ataques no domingo e caças russos realizaram 15 ataques.

A agência de notícias estatal síria SANA disse que Kafr Nabouda foi sequestrado por militantes liderados por um grupo chamado Tahrir al-Sham, anteriormente chamado de Frente Nusra e parte da Al-Qaeda até que se separou e mudou de nome.

Um porta-voz de uma das formações rebeldes na região, a Frente de Libertação Nacional, apoiada pela Turquia, confirmou que as forças do governo tomaram Kafr Naboud após uma barragem de oito horas com centenas de foguetes e dezenas de ataques aéreos.