Segundo um estudo da B2E – Blue Bioeconomy CoLAB (B2E CoLAB), cerca de sete em cada dez consumidores portugueses pagariam mais por peixe enriquecido com ómega-3.
A pesquisa constatou que 69,3% das pessoas estavam dispostas a pagar mais por peixes fortificados com esse nutriente.
“De facto, há uma maior consciência dos consumidores sobre a ligação entre alimentação e saúde, e este estudo que realizámos prova isso mesmo”, afirmou Maria Coelho, coordenadora executiva do B2E CoLAB.
Os resultados de uma pesquisa online mostraram um alto interesse na compra de peixes enriquecidos com ômega-3. Das 817 pessoas inquiridas que vivem em Portugal, apenas 30,7% não estavam dispostas a pagar mais do que o preço normal. Dos 69,3% que estavam dispostos a pagar mais por peixe fortificado com este nutriente, a maioria (37,6%) estava disposta a pagar mais um euro e 35,1% mais 50 cêntimos. 15,4% admitem pagar mais 1,50€, 12% dizem 2€ ou mais.
O estudo integrou-se no projeto OmegaPeixe, que visa promover a produção de pregado e robalo com os níveis de ómega 3 recomendados pela Organização Mundial de Saúde. Para tal, em colaboração com o ICBAS/CIIMAR e as empresas Sparos e Riasearch, especialistas em investigação e desenvolvimento aquícola, foram testadas diversas estratégias alimentares e introduzidas melhorias na alimentação final, que foram postas em prática pela Flatlantic, produtora de pregado, e AlgaPlus. um produtor de robalo orgânico. Portugal começou a produzir peixe enriquecido com ómega 3 pela primeira vez este ano.
Maria Coelho disse: “A percepção positiva dos entrevistados ressalta o potencial do projeto para atender às necessidades dos consumidores e promover hábitos alimentares mais saudáveis e sustentáveis”.
Por outro lado, ela acrescentou: “…a aceitação de alimentos funcionais, como peixes enriquecidos com ômega-3, ressalta a importância de estudos científicos sólidos que aumentem a confiança do consumidor nos benefícios desses produtos para a saúde”.
Os resultados portugueses são consistentes com os números dos entrevistados de outros países, particularmente na Europa. Num total de 1.314 inquéritos (incluindo Portugal), 71,3% afirmaram que estariam dispostos a pagar mais por peixe enriquecido com ómega-3. Apenas 28,7 entrevistados demonstraram resistência às alterações de preços.
O B2E – Blue Bioeconomy CoLAB, com sede em Matosinhos, Portugal, é uma organização privada sem fins lucrativos constituída por universidades, centros de investigação e empresas privadas, orientada pelos princípios da economia circular, sustentabilidade e responsabilidade social.
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