LISBOA (Reuters) – Portugal está interessado em hospedar um novo cabo submarino de alta capacidade para a América do Norte para melhorar a conectividade de Internet entre a Europa e as Américas, disse seu Secretário de Estado para Digitalização à Reuters nesta quarta-feira.
Os cabos submarinos constituem a espinha dorsal da rede mundial de computadores, transportando 99% do tráfego global de dados.
Dois cabos submarinos de alta capacidade já ligam Portugal a outros continentes – o cabo Equiano da Google (GOOGL.O) que se estende até à África do Sul através de outros países africanos, e o EllaLink que se estende até ao Brasil a partir de Sines, a sul de Lisboa.
“O nosso objetivo é aumentar a conectividade entre a Europa e os EUA, o que implica que Sines será mais uma porta de entrada”, afirmou Mário Campolargo.
Nenhum plano formal foi apresentado para o projeto. Portugal investiu fortemente em Sines para produzir energia renovável e hidrogénio verde para alimentar indústrias e centros de dados com utilização intensiva de energia.
O fundo de investimento norte-americano Davidson Kempner e a empresa britânica Pioneer Point Partners planeiam investir conjuntamente até 3,5 mil milhões de euros (4,2 mil milhões de dólares) em grandes centros de dados para capitalizar a procura das empresas globais de tecnologia.
Portugal atribuiu 3,7 mil milhões de euros de fundos de recuperação da pandemia da União Europeia para projetos de transição digital e inovação noutras áreas, com a esperança de obter uma elevada taxa de retorno do investimento graças aos efeitos colaterais na economia.
Reportagem de Sergio Gonçalves; edição de Andrei Khalip
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