LISBOA (Reuters) – Portugal enviou bombeiros do continente para a ilha atlântica da Madeira nesta sexta-feira, impulsionando os esforços locais para combater grandes incêndios florestais, já que as autoridades disseram que 13 turistas foram encontrados escondidos em uma caverna, para escapar das chamas.
Os incêndios estão a assolar áreas de duas comunidades vizinhas da costa oeste, Calheta e Porto Moniz, queimando em áreas de difícil acesso, enquanto as temperaturas deverão subir anormalmente para mais de 30 graus Celsius (86°F) na sexta-feira.
A autoridade de proteção civil localizou os turistas desaparecidos na manhã de sexta-feira. Eles fugiram para uma caverna numa zona montanhosa do Porto Moniz e estava em curso uma operação para resgatá-los da zona, informaram as redes sociais.
“Foi uma noite complicada, uma noite difícil”, disse a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, à emissora pública RTP, no aeroporto militar de Lisboa. “Os incêndios ainda continuam.”
Toda a costa da Madeira – região autónoma de Portugal com cerca de 250 mil residentes e um destino turístico popular – foi colocada em alerta laranja, o segundo nível mais elevado, até sábado.
Um terceiro incêndio foi registado na sexta-feira numa zona florestal do concelho de Câmara de Lobos, a oeste da capital da ilha, Funchal.
Segundo o presidente da Câmara Carlos Teles, um incêndio que deflagrou na quarta-feira queimou uma área de 70 quilómetros quadrados na Calheta, mais de metade da área municipal. Uma casa de repouso e um centro de saúde foram evacuados por precaução na quinta-feira, enquanto 120 hóspedes foram transferidos de um hotel.
Algumas casas foram destruídas na Calheta e no Porto Moniz, mas até ao momento não foram registados feridos graves, disseram as autoridades.
O presidente da Câmara do Porto Moniz, Emanuel Camara, disse à RTP que foi uma “noite para esquecer” e que “muitas pessoas” foram evacuadas por precaução. Ele disse que o incêndio perdeu intensidade, mas não estava sob controle.
Gaspar disse que os bombeiros do continente vão permanecer na Madeira o tempo que for necessário, uma vez que um avião militar com 64 pessoas voa para a ilha para se juntar aos mais de 100 bombeiros locais já no terreno.
Reportagem de Catarina Demony; Editado por Inti Landauro e John Stonestreet
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