LONDRES, 4 Nov (IFR) – O Tribunal de Recurso do Reino Unido manteve a decisão do Banco de Portugal de abandonar o seu crédito de 850 milhões de dólares sobre um veículo ligado ao Goldman Sachs no Banco Espírito Santo, em vez de o transferir para o sucessor do banco falido, o Novo Banco.
O banco dos EUA e outros credores, incluindo o Fundo de Pensões da Nova Zelândia, conseguiram inicialmente anular a decisão inicial de reestruturação do Banco de Portugal, tomada em Agosto de 2014, no Tribunal Superior de Londres, no ano passado, relativamente ao veículo de crédito para fins especiais Oak Finance.
A decisão do tribunal de recurso, proferida esta manhã, reverte esse desafio bem-sucedido e significa que o Goldman e os credores relacionados enfrentam agora maiores perdas nos seus investimentos, que foram atribuídos ao BES antes de este falir há dois anos e meio.
A última decisão também diz que as decisões do Banco Central de Portugal ao abrigo da lei portuguesa devem ser contestadas em Portugal, e não em Londres, embora estejam relacionadas com a directiva de resolução e recuperação bancária, que se aplica em toda a União Europeia.
“A decisão do Tribunal de Recurso destaca os perigos reais, até mesmo o caos potencial, se diferentes tribunais interpretarem a mesma decisão de uma autoridade de resolução de maneiras diferentes”, disse Stuart McNeill, sócio da Pinsent Masons que representa o Novo Banco.
O Goldman Sachs não quis comentar. (Reportagem de Christopher Spink; edição de Ian Edmondson)
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