“Dada a importância do tema e a sua centralidade na vida política portuguesa, o Chega decidiu solicitar um debate urgente ao ministro da Saúde, tanto sobre a imigração como sobre esta questão da pressão migratória sobre a saúde”, explicou.
O líder do partido Chega quer “que fique claro à direita e à esquerda quem defende o quê e que não haja mal-entendidos”.
“Estou muito interessado em ver algo PSD E P.S. Vou defender porque suspeito que nesta matéria será exactamente igual”, afirmou, explicando que não vê “grandes diferenças” nos discursos de Luís Montenegro e de Pedro Nuno Santos.
“Em todos os países europeus, a imigração divide direita e esquerda. O que vemos é que o PSD está a dizer exactamente a mesma coisa que o PS”, argumentou, apontando que “é o PSD que está a copiar o PS porque o PS sempre fez isso” esta posição sobre a imigração”.
“O que não sabia é que o PSD de Luís Montenegro está próximo do PS de Mário Soares”, criticou, acusando ambos os partidos de quererem um “país sem controlo, sem fronteiras e com portas completamente abertas”.
E destacou que “quem põe em prática essas regras é o PS”, que classificou como “as mais absurdas do mundo”, e declarou que o país tem “uma abertura absolutamente estúpida à imigração”.
“Uma coisa é defender a Lusofonia e isso é fundamental. [because] A imigração brasileira, angolana ou cabo-verdiana não é a mesma que a imigração do Bangladesh, do Paquistão ou da Índia, não é a mesma porque a nossa história diz o contrário. Outra razão é que qualquer pessoa pode entrar em Portugal sem qualquer controlo, ficar um ano e dizer que está à procura de trabalho”, afirmou.
André Ventura afirmou que era “importante discutir a imigração” porque “Portugal precisa de imigração”, mas considerou que esta deve ser “controlada e com regras”.
O líder do Chega disse que o partido está a “quebrar o consenso que a Conferência de Chefes de Estado e de Governo tinha estabelecido para os próximos dias de parlamento” e apelou à “tolerância de todos os grupos políticos” na condução deste debate.
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