“Atualmente” não há justificativa para forçar o uso de máscara em hospitais
A ministra da Saúde de Portugal disse hoje que o pico de infeções respiratórias pode ter passado este inverno, lembrando que o país vive um período de maior calma comparativamente ao início de janeiro.
“Apesar de tudo, hoje, final de janeiro, estamos numa situação mais tranquila do que nos primeiros dias do ano. “É provável que o pico das infeções respiratórias já tenha passado neste inverno”, disse Manuel Pizarro
No final da sessão de abertura da II Conferência Nacional de Doação de Órgãos, que decorre hoje em Coimbra, o ministro sublinhou que embora a situação esteja mais calma, devemos continuar a acompanhar a evolução das infeções respiratórias neste inverno “passo a passo”. .
Questionado sobre a possibilidade de reintrodução do uso de máscaras nas unidades de saúde face ao ressurgimento de doenças infecciosas, o ministro destacou que tal decisão depende da recomendação técnica das estruturas de saúde pública.
“Eu diria que é algo que será analisado caso a caso. “Neste momento não há justificação para esta necessidade, mas é algo que está em constante avaliação e que, entre outras coisas, pode justificar fixações numa ou noutra unidade de saúde sem necessidade de ação geral”, disse.
Pizarro enfatizou isso Todas as doenças merecem muita atençãoincluindo doenças infecciosas, e reiterou a importância da vacinação.
“Só recentemente temos observado casos de sarampo em Portugal, que têm sempre a mesma característica: são portugueses que emigram para outros países, nomeadamente para outros países da União Europeia, onde o cumprimento da vacinação já não é o mesmo.” como no nosso país e isso mostra a importância da vacinação.”
Segundo o ministro, o caso do bebé, que foi tratado no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa e já teve alta, é “um alerta aos pais portugueses sobre a possível gravidade de um caso de sarampo”.
“O sarampo é uma doença que pode ser erradicada desde que mantenhamos o nível muito elevado de cumprimento da vacinação que felizmente ainda temos em Portugal, mas que já não vemos em todos os países europeus.”
Sobre a tuberculose, lembrou que quando o SNS foi introduzido, há 45 anos, “havia mais de 100 casos por 100 mil habitantes por ano; hoje são 14 casos por 100 mil habitantes por ano.”
Apesar de Portugal registar “muito menos” casos, Manuel Pizarro sublinhou a necessidade de o país prestar “maior atenção” à tuberculose porque “Grandes mudanças demográficas no país, que se tornou destino de imigração“.
“Estou confiante que podemos organizar os nossos serviços para que possamos também abordar a tuberculose e continuar no caminho positivo que trilhamos e evitar um retrocesso”, concluiu.
Lusa
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