O Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge afirmou terça-feira que o vírus da varíola dos macacos que circula em Portugal pertence a uma linhagem menos agressiva que se está a espalhar na África Ocidental. Segundo uma reportagem da agência noticiosa ANI, a equipa de investigação liderada por João Paulo Gomes, chefe do departamento de bioinformática do departamento de doenças infecciosas do instituto, concluiu a sequenciação do genoma do vírus da varíola dos macacos que se espalha no país, disse Gomes à agência Lusa.
O vírus em Portugal “está mais intimamente relacionado com o vírus da varíola dos macacos da Nigéria” descoberto em países como Grã-Bretanha, Israel e Singapura em 2018 e 2019, disse o especialista, notando que outra linhagem mais agressiva de varíola dos macacos está a circular na África Central, como relatado pela ANI.
“Teoricamente, está se desenvolvendo mais do que esperávamos. “Em algum momento poderemos ver que essas características genômicas podem estar associadas a uma maior transmissibilidade, isso ainda não sabemos”, disse.
Embora “não haja motivo para preocupação”, o microbiologista apelou aos países “para agirem, bloquearem as cadeias de transmissão, realizarem uma vigilância rigorosa e rejeitarem rapidamente todos os casos suspeitos”.
A varíola dos macacos é uma doença rara que pode se espalhar pelo contato direto com fluidos corporais ou pelo contato com roupas ou lençóis contaminados.
Portugal confirmou até agora 39 casos, todos os pacientes tinham entre 27 e 61 anos, a maioria deles com menos de 40 anos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde
(Com informações da ANI)
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