Portugal é o último país do euro resgatado a receber um atestado de boa saúde da Comissão Europeia, depois de o seu défice orçamental ter caído para dois por cento do PIB no ano passado.
Isto significa que o país está muito abaixo do limite da UE de três por cento e pode pôr fim ao procedimento de sobreendividamento da Comissão.
Após o resgate de 2011, Portugal foi sujeito a políticas de austeridade por um governo de centro-direita até às eleições de 2015.
Desde então, uma coligação liderada pelos socialistas reverteu essas medidas de austeridade.
O Comissário da Economia da UE, Pierre Moscovici, disse que o resultado foi “uma notícia extremamente boa” para Portugal.
O Ministério das Finanças português saudou a decisão da comissão, chamando-a de “ponto de viragem”.
“Exprime a avaliação da Comissão de que o défice orçamental excessivo de Portugal foi corrigido de forma sustentável e duradoura”, afirmou o ministério num comunicado.
“A confiança na economia portuguesa começa a refletir-se nas instituições internacionais.”
De acordo com as regras da UE, os Estados-Membros não estão autorizados a ter um défice anual superior a três por cento da sua produção económica total.
Portugal adere agora a estas regras, mas alguns outros Estados-Membros têm menos sorte.
Na segunda-feira, a Comissão, responsável pelo acompanhamento dos projetos de orçamento dos países do euro, disse que os processos disciplinares contra a França e a Espanha continuavam em curso.
O défice de França foi de 3,4% no ano passado, enquanto o défice de Espanha foi ainda pior, de 4,5%.
Embora todos os países da UE sejam obrigados a respeitar o limite de três por cento, apenas os 19 países que utilizam o euro como moeda podem ser multados.
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