O Grupo Lufthansa pretende adquirir uma participação de 19,9 por cento na companhia aérea nacional portuguesa TAP, de acordo com reportagens da imprensa.
A medida surge depois de o gigante europeu da aviação ter recebido, em Julho, a aprovação da Comissão Europeia para a sua planeada aquisição da ITA Airways, ao abrigo da qual assumirá uma participação inicial de 41 por cento na companhia aérea italiana.
As especulações sobre outra fusão surgiram no início desta semana, quando o CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, se reuniu na segunda-feira com autoridades do governo português para “sinalizar formalmente” o interesse da empresa na companhia aérea estatal, informou a Reuters.
A participação de 19,9 por cento é particularmente atraente, informou o jornal italiano Corriere della Sera, porque permitiria à Lufthansa permanecer abaixo do limite de 20 por cento que requer a aprovação dos reguladores antitrust da União Europeia.
Os rivais do Grupo Lufthansa, IAG e Air France-KLM, também já manifestaram interesse na TAP, após o anúncio oficial do processo de privatização, em setembro passado.
A TAP registou um lucro líquido de 400 mil euros no primeiro semestre de 2024, com um lucro líquido de 72,2 milhões de euros gerado no segundo trimestre compensando os resultados negativos do primeiro trimestre.
No seu relatório financeiro do primeiro semestre publicado em agosto, o CEO da TAP, Luís Rodrigues, disse que a companhia aérea “continuou no caminho da transformação estrutural necessária” antes do plano do governo de vender a sua participação de 51 por cento.
A 30 de junho de 2024, a companhia aérea registava uma posição de liquidez “forte” de 1,2 mil milhões de euros, um aumento de 386,3 milhões de euros face ao final de 2023.
Rodrigues acrescentou: “Continuamos no caminho que traçamos, com o empenho dos nossos colaboradores e o apoio dos nossos stakeholders: fazer da TAP uma empresa rentável de forma sustentável e uma das mais atrativas do setor”.
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