O número de pedidos de autorização de residência para imigrantes em Portugal caiu cerca de 80%, disse esta segunda-feira o ministro do Gabinete, António Leitão Amaro, acusando a esquerda de ainda não ter percebido o seu erro.
Leitão Amaro discursou na sessão parlamentar do PSD/CDS-PP conferência num painel intitulado “Portugal Soberano” e defendeu a tese de que o governo de coligação da Aliança Democrática é “a única força política” que governa todo o povo português em diversas áreas.
Sobre a imigração, o ministro defendeu que era “possível fazer as coisas de forma diferente” do anterior governo do Partido Socialista (PS) – um dia depois de um protesto organizado pelo partido de direita Chega que reuniu milhares de pessoas em Lisboa.
“Não temos de dividir as pessoas em boas e más, nossas e estrangeiras, portuguesas e estrangeiras. Mais uma vez, este governo propõe um caminho diferente para o país do que todas as outras forças políticas. À nossa esquerda estão parados.” “Não percebi o erro que cometeram quando fizeram de Portugal um país de portas abertas durante anos, quatro anos, e ainda não têm reconhecido o resultado da sua Lei.” ele criticou.
Leitão Amaro defendeu que o Governo quer implementar “uma alternativa moderada”, consciente de que “Portugal precisa de imigrantes e daqueles que podem realmente estar a fugir de situações de agressão humanitária”.
“Ao mesmo tempo, precisávamos fechar algumas medidas de portas escancaradas, então imediatamente, apenas algumas semanas após o início dos trabalhos, tomamos a decisão mais difícil, que foi fechar o enorme portão chamado manifestações de interesse.” Para se ter uma ideia, desde que tomamos essa decisão “o número de pedidos de residência caiu cerca de 80%”, acrescentou.
A manifestação de interesse refere-se ao anterior sistema de governo socialista, ao abrigo do qual os imigrantes podiam entrar no país com visto de turista e solicitar uma autorização de residência após a estadia em Portugal, manifestando interesse em procurar trabalho.
(Sara Madeira, editado por Pedro Sousa Carvalho | Lusa.pt)
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