Portugal vai introduzir um novo sistema de regresso e expulsão de migrantes que permanecem no país sem autorização e criar a Unidade Nacional de Estrangeiros e Guarda de Fronteiras no seio da força policial, anunciou quinta-feira o governo.
“Um dos erros trágicos do governo anterior em matéria de migração foi a forma como o SEF funcionou [the Foreigners and Immigration Service] foi abolido”, disse Ministro da Presidência António Leitão Amaro na conferência de imprensa após a reunião de gabinete.
“Havia uma lacuna no repatriamento, na deportação de cidadãos ilegais, na falta de controlo e em muitas tarefas de controlo da imigração. Tínhamos prometido e hoje estamos a concretizar a criação da Unidade Nacional de Proteção de Estrangeiros e Fronteiras na PSP”, acrescentou.
Leitão Amaro sublinhou que a nova unidade policial ficará responsável pelo “controlo das fronteiras aéreas”, pela fiscalização da imigração, bem como pela deportação e repatriamento de migrantes irregulares, o que, segundo o ministro, neste momento “não está a funcionar”.
As novas medidas para devolver e expulsar migrantes irregulares fazem parte de um projeto de lei de controlo de fronteiras aprovado pelo governo na quinta-feira e que será submetido ao parlamento.
O governo anunciou a nova força policial em Junho, quando publicou o Plano de Acção para a Migração.
Após a extinção do SEF, em 29 de outubro do ano passado, a polícia criou a Unidade de Segurança Aeroportuária e Controlo de Fronteiras, que controla as pessoas que entram e saem do país por via aérea e assegura a segurança aeroportuária.
(Célia Paulo | Lusa.pt)
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