O Guadiana passará a ter um caudal mínimo mensal na sequência de um acordo celebrado na quarta-feira entre os governos português e espanhol que também formalizou o compromisso de um caudal diário no Tejo.
O acordo entre os dois países relativo aos fluxos de água nos rios Tejo e Guadiana foi assinado na quarta-feira, na 35.ª cimeira luso-espanhola, em Faro.
O acordo sobre “um regime de drenagem mensal do rio Guadiana no troço Pomarão” visa “garantir o bom estado do estuário e a distribuição justa dos esgotos disponíveis para utilização de ambos os Estados”, refere o comunicado conjunto datado de 35 Luso. -Pico espanhol.
O acordo “sobre os princípios orientadores para o estabelecimento da vazão diária do rio Tejo desde o [Spanish] Segundo o documento, a barragem “Cedilho” servirá também para “manter os caudais circulantes”.
O comunicado conjunto confirma também os acordos anteriormente anunciados que regulam a água de irrigação retirada da albufeira de Alqueva pelos agricultores dos dois países, segundo os quais os utilizadores espanhóis pagarão a Portugal pela água que retirarem nas mesmas condições impostas ao lado português.
Numa reunião realizada no dia 27 de setembro em Aranjuez, na região de Madrid, os ministros do Ambiente português e espanhol já tinham anunciado um acordo de princípio para fixar caudais mínimos diários para o Tejo e, pela primeira vez, para o Guadiana.
Nesta ocasião, os ministros referiram-se à assinatura dos acordos finais na cimeira ibérica de hoje, bem como ao detalhe dos fluxos a determinar para o Guadiana.
Segundo a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, o acordo sobre a água de rega da albufeira de Alqueva permitirá também avançar no projecto português de captação de água na região do Pomarão, no distrito de Beja, para abastecer o Algarve afectado por águas internacionais.
Na cimeira de quarta-feira, os dois governos assinaram também um acordo “que permitirá a regulação da pesca comercial e recreativa no troço internacional do rio Guadiana”.
De acordo com a declaração final da cimeira, este acordo visa “garantir condições de concorrência equitativas para as comunidades piscatórias” de ambos os países e “garantir, a par da proteção do ecossistema e da biodiversidade, a sustentabilidade das atividades piscatórias”.
(Margarida Pinto | Lusa.pt)
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