Banco de Portugal prevê crescimento para 5,8% até 2022

LISBOA, 17 Dez (Reuters) – A economia de Portugal deve crescer 5,8% em 2022, impulsionada pelo crescimento das exportações e do investimento, disse o banco central nesta sexta-feira, instando o país a usar eficientemente os fundos de recuperação de pandemias da UE para sustentar o crescimento.

No boletim económico de dezembro, o Banco de Portugal disse que a economia deverá crescer 4,8% este ano, acrescentando que a atividade atingirá os níveis pré-pandemia no primeiro semestre de 2022.

Embora uma eleição geral antecipada esteja marcada para 30 de janeiro, o presidente do banco central, Mario Centeno, disse que “nenhum risco político foi identificado nesta previsão”. Consulte Mais informação

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No entanto, ele disse que “a execução eficiente de projetos no âmbito do programa de recuperação e a implementação de reformas relacionadas são fundamentais para sustentar o crescimento”.

“É imperdoável não aproveitar esta oportunidade única para impulsionar o ritmo de crescimento de longo prazo”, disse ele em entrevista coletiva.

Alguns analistas dizem que a eleição pode não resolver o impasse político existente, o que pode complicar a chegada e o uso de fundos da UE.

No entanto, o banco central vê a formação bruta de capital fixo, que mede o investimento, aumentar 7,2% no próximo ano, após crescer 4,9% este ano, suportado principalmente por fundos europeus.

As exportações deverão crescer 12,7% no próximo ano, após um aumento de 9,6% em 2021, sendo lideradas pelas exportações de serviços, nomeadamente o turismo.

O turismo, que representava cerca de 15% do PIB antes da pandemia, foi duramente atingido por bloqueios e restrições de viagens em Portugal e no resto do mundo em 2020 e 2021.

A taxa de desemprego deverá terminar o ano em 6,6%, caindo para 6% no próximo ano.

Centeno reiterou o seu apelo para que Portugal continue a trajetória de redução da dívida pública antes da pandemia. O peso da dívida atingiu um recorde de 135% do PIB em 2020 e o governo pretende reduzi-lo para 126,9% este ano.

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Reportagem de Sérgio Gonçalves; editado por Andrei Khalip e Susan Fenton

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Fernão Teixeira

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