O interesse pela cultura está a diminuir – The Portugal News

Livros e teatro mostraram-se menos populares, enquanto festivais e festas locais continuaram a ser populares entre os portugueses.

Estes dados resultam de um inquérito às práticas culturais portuguesas, realizado durante os últimos meses de 2020 pelo Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian (FCG).

Que pesquisa reunir informações sobre o consumo cultural por meio do teatro, assim como práticas de leitura e participação em museus, monumentos históricos, sítios arqueológicos e galerias de arte, cinemas, shows e performances, incluindo festivais e festas locais.

Teatro

De acordo com os resultados da pesquisa, as pessoas entre 35 e 44 anos são as que assistem ao programa com mais frequência, com 15% dizendo que vão ao programa uma ou duas vezes por ano. Além disso, entre as idades de 55 e 64 anos, quatro por cento dos entrevistados foram ao teatro pelo menos três vezes por ano, enquanto seis por cento foram uma ou duas vezes.

Em contraste, a geração mais velha, com 65 anos ou mais, não parecia interessada neste tipo de espetáculo, com apenas sete por cento tendo visto o teatro uma ou duas vezes por ano.

Em relação à profissão do entrevistado, empresários, profissionais liberais e gestores são os que mais frequentam o teatro. Além disso, a renda do entrevistado parece ser outro fator importante, pois geralmente as pessoas com renda mais alta tendem a ir mais ao teatro.

Galeria de Arte e Monumento Patrimonial

Em relação a museus, castelos, galerias de arte, etc., nos 12 meses anteriores ao início da pandemia, 31% dos entrevistados disseram ter visitado monumentos históricos, 28% visitaram museus, 13% visitaram sítios arqueológicos e 11% os tinha visitado. visite uma galeria de arte. Neste caso, a falta de tempo (39 por cento) e a falta de interesse (38 por cento) foram as principais razões apontadas para a não visita mais frequente a museus de história, sítios arqueológicos e galerias de arte.

Mais da metade deles não lê livros

Do lado da leitura, o inquérito revelou que, nos últimos 12 meses anteriores ao inquérito, 61 por cento dos portugueses não tinham lido um único livro, e dos 39 por cento que afirmaram ter lido, a maioria não lia muito. Quando questionados sobre a leitura de livros digitais, o percentual caiu ainda mais.

De fato, a porcentagem de pessoas que, no último ano, não leu livros impressos foi maior do que a registrada na Espanha há um ano (38%), segundo o estudo.

Festivais, festas locais e cinema

Por outro lado, a prática cultural mais popular da população portuguesa é a participação em festivais e festas locais. As festas mais frequentadas foram as festas tradicionais e populares (49 por cento), depois as festas religiosas (40 por cento) e as festas gastronómicas (11 por cento).

De acordo com a pesquisa, 84 por cento relataram ter participado de um festival de música e 16 por cento relataram ter participado de outro festival (3 por cento em festivais de cinema; 12 por cento em festivais de teatro, dança e artes de rua). Além disso, ir a festivais e festas locais é feito maioritariamente com familiares (63 por cento) e parceiros ou amigos (33 por cento).

Além disso, a pesquisa mostra que o cinema é outra atividade cultural com alto índice de participação. Nos 12 meses anteriores ao início da pandemia, 41% dos entrevistados foram ao cinema.

A amostra conta com 2.000 inquiridos e o trabalho de campo foi realizado entre 12 de setembro e 28 de dezembro de 2020 em Portugal. As informações foram coletadas por meio de entrevistas diretas nas residências dos entrevistados, por meio do sistema CAPI (Computer Assisted Personal Interview).

Fernão Teixeira

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