O aterro continua queimando

Este aterro no Vale da Venda em Loulé é propriedade da empresa Inertegarve, que já foi solicitada pelas autoridades para apagar o incêndio. No entanto, ainda está queimando e os moradores estão preocupados com as consequências para a saúde pública.

A fumaça tóxica se espalha pelas casas e instalações dos moradores locais, especialmente quando o vento muda de direção. Um dos moradores, Rob Thomson, que mora nas proximidades, contou a história As notícias de Portugal que um mês se passou, mas o cheiro ainda paira por suas janelas.

Vapores tóxicos

“O fogo ainda está liberando gases tóxicos. Não podemos abrir nossas janelas em certas horas do dia e morar a quilômetros de distância. Esses gases causaram poluição significativa do ar.”

“Como isso poderia acontecer nestes tempos de conscientização aguda da poluição do ar? Ainda mais preocupantes são os fumos à base de plástico, que contêm dioxinas, furanos, mercúrio, etc. Estes são cancerígenos conhecidos quando a exposição é significativa e prolongada”, acrescentou.

Entretanto, a Autoridade de Saúde do Algarve apelou à “extinção imediata” do material queimado no aterro. As declarações constam de um aviso publicado na sequência de um relatório de monitorização da qualidade do ar no site da Autoridade Regional de Saúde do Algarve (ARS).

Esta situação, que leva à emissão de poluentes atmosféricos potencialmente prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, já levou as autoridades a visitar o local e ter uma ideia do mesmo.

níveis críticos

Após visita da “autoridade sanitária local e da GNR, acompanhada de outros órgãos”, confirmaram a “suspeita de risco para a saúde pública e a necessidade urgente”. [for the company] para parar completamente os surtos”, disse a nota.

Além disso, a avaliação “sobre a eventual presença de níveis críticos de poluição face a um acidente ambiental”, realizada ao longo de nove dias pela empresa Monitar – Engenharia do Ambiente através de uma estação móvel, “tem a concentração de valores acima dos valores de referência indicativos para os parâmetros partículas PM10 e benzeno”, destaca a comunicação da Autoridade Regional de Saúde do Algarve.

O autarca de Loulé, Vítor Aleixo, disse ao Sic Notícias que já tinha pedido à empresa para apagar o incêndio e oferecido aos proprietários do aterro os fundos necessários, mas se a empresa não cooperasse, a autarquia actuaria e apresentaria a factura depois.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve já anunciou a suspensão da licença de gestão de resíduos do Inertegarve, mas o fogo continua a consumir o lixo e o fumo e o odor continuam a afetar os moradores.

Marco Soares

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