Numa conversa telefónica com o seu homólogo português João Gomes Cravinho, na sexta-feira, Hossein Amirabdollahian denunciou a interferência estrangeira que tem provocado desordeiros e terroristas no Irão.
Observando a recente agitação em algumas cidades iranianas, Amirabdollahian disse: “Somos um país que enfrenta grupos terroristas como Al-Qaeda, Jaish ul-Adl e Daesh (ISIL ou ISIS) no oeste e no leste. Também vimos armas contrabandeadas para o país a partir das fronteiras ocidentais e orientais nas últimas semanas”.
O ministro das Relações Exteriores também lamentou o fato de vários países terem feito comentários perturbadores e praticamente provocaram os desordeiros e terroristas no Irã ao classificar os distúrbios e atividades terroristas como protestos.
“Eles (estados estrangeiros) até colocam a questão da aprovação de resoluções ou (imposição de sanções anti-Irã) em sua agenda na próxima sessão do Conselho de Ministros da União Europeia. Se tal medida ocorrer, a República Islâmica do Irã tomará medidas de retaliação”, alertou.
Referindo-se à guerra na Ucrânia, Amirabdollahian reiterou que o Irã não forneceu a nenhum lado beligerante armas para usar na guerra.
O Irã acredita que armar os lados em conflito prolongará a guerra na Ucrânia, disse ele, enfatizando que a guerra não é a solução certa em nenhum lugar do mundo, seja na Ucrânia, Afeganistão, Síria ou Iêmen.
Finalmente, referindo-se às conversações sobre o levantamento das sanções contra o Irã e a recuperação do Plano de Ação Abrangente Conjunto (JCPOA), ele destacou as negociações construtivas entre o chefe da Agência de Energia Atômica do Irã e o Diretor-Geral da Agência Internacional de Energia Atômica, e enfatizou a necessidade de desistir do caso da AIEA contra o Irã.
Por seu lado, João Gomes Cravinho saudou a história de boas relações entre Portugal e o Irão e elogiou a postura e os esforços da República Islâmica para continuar as conversações nucleares e trabalhar com a agência nuclear da ONU.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português exortou também o Irão a continuar a cooperação para aliviar as tensões na Ucrânia.
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