A Europa e África só poderão desempenhar um papel na cena internacional se unirem forças para contrariar a crescente influência da região Indo-Pacífico, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, na segunda-feira.
“A Europa e África só serão relevantes no contexto global se agirem em conjunto e em pé de igualdade face à mudança para o Indo-Pacífico. A verdadeira capacidade de criar uma maior centralidade global, não apenas no Indo-Pacífico, reside numa aliança clara entre África e Europa”, disse ele. Oficial do governo disse à margem do Fórum Eu-Africano em Lisboa.
Os dois continentes “estão na mesma longitude, têm o mesmo fuso horário, uma orientação geopolítica semelhante e estão ligados por condições geográficas naturais que fazem da sua cooperação e cooperação a única plataforma para um equilíbrio das relações no mundo, para que haja um teatro multipolar e “não um cenário unipolar onde existe apenas um teatro ou um centro político para todo o mundo”, acrescentou o ministro dos Negócios Estrangeiros.
“Quase todas as grandes ameaças e oportunidades que a Europa enfrenta no próximo século exigem cooperação com África e vice-versa”, sublinhou, apontando que “a única forma de ganhar influência a nível global é trabalhar em conjunto, “cada vez mais em conjunto e em conjunto”, enfatizou Rangel.
Portugal, continuou, “é uma porta de entrada natural entre a Europa e África; é portanto a porta de entrada para o Atlântico, a porta de entrada para a Europa, tanto geográfica como historicamente”, além dos “laços históricos e culturais comuns”.
Concluiu que esta “herança partilhada pode ser benéfica para reforçar as relações e garantir que a Europa e África não sejam deixadas para trás e olhem para o futuro juntas”.
(Mário Baptista – editado por Pedro Sousa Carvalho | Lusa.pt)
Leia mais em Euractiv
“Leitor. Praticante de álcool. Defensor do Twitter premiado. Pioneiro certificado do bacon. Aspirante a aficionado da TV. Ninja zumbi.”