Em declarações aos jornalistas no final de uma visita ao hospital de Braga, Carlos Cortes admitiu que a crise política resultante da demissão do primeiro-ministro e a consequente ruptura nas negociações entre o governo e os sindicatos dos médicos acrescentou “um factor de maior instabilidade” ao funcionamento do Serviço Nacional de Saúde (redes sociais).
“O melhor cenário seria o governo resolver urgentemente as questões que temos em cima da mesa. Pelo que sei, ainda temos ministro da Saúde, ainda temos governo, portanto continua nas mãos do governo e atualmente do Presidente da República”, afirmou.
Para o presidente, “é preciso entender no meio de tudo o que ainda pode ser estabelecido e resolvido no SNS”, mesmo com o atual ministro.
“A saúde não pode esperar, a saúde não pode esperar pelas eleições, a saúde não pode esperar pela nomeação de outro primeiro-ministro, a saúde não pode esperar pela menor ou maior capacidade do ministro da Saúde para agir e intervir”, acrescentou.
Carlos Cortes disse que na sua opinião pessoal a “situação nebulosa” do país “só poderá ser esclarecida através de eleições”.
Entretanto, a Ordem aguardará a decisão do Presidente da República sobre o futuro político do país antes de anunciar os passos da batalha dos médicos.
O primeiro-ministro, António Costa, apelou terça-feira à demissão do Presidente da República, depois de o Ministério de Estado ter anunciado que este era alvo de uma investigação independente do Supremo Tribunal sobre projetos de lítio e hidrogénio.
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