ATENAS, Grécia (AP) – Um programa voluntário dos Estados membros da União Europeia para receber crianças migrantes desacompanhadas da Grécia terminou oficialmente na terça-feira, levantando preocupações sobre os atrasos que o bloco ainda enfrenta na elaboração de um novo acordo de migração abrangente.
Quinze menores da Somália, Gâmbia e Paquistão embarcaram em um avião em Atenas com destino a Lisboa, Portugal, elevando o número total de crianças migrantes reassentadas sob o programa para 1.368 em 16 países desde 2020, disseram autoridades gregas.
A Comissão Europeia prometeu finalizar as novas regras de migração em 2024, comuns a todos os estados membros, após anos de atrasos.
O maior ponto de discórdia gira em torno do chamado mecanismo de solidariedade, segundo o qual os Estados membros receberiam cotas de reassentamento para ajudar países como Grécia, Itália e Espanha, onde chega a maioria dos requerentes de asilo.
Sofia Voultepsi, a vice-ministra da migração grega, disse que Atenas já está em negociações com os estados membros da UE sobre um novo esquema voluntário, se necessário.
“A Grécia sozinha não pode suportar o fardo dos refugiados e da imigração. Ela não pode arcar com todas as crianças desacompanhadas que chegam ao nosso país”, disse ela a repórteres no Aeroporto Internacional de Atenas.
Gianluca Rocco, chefe da missão da Organização Internacional das Nações Unidas para a Migração na Grécia, disse que continua esperançoso de que a UE possa chegar a um acordo.
“A preocupação está (centrada) no fato de que a discussão do pacto ocorre em um momento muito crucial, pois a Comissão encerrará seu mandato no ano que vem”, afirmou. “Esse problema precisa ser tratado de forma coletiva e coletiva.”
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