Isabel dos Santos ainda não foi notificada de um mandado de prisão internacional supostamente emitido pela agência policial global Interpol, disse no sábado uma fonte oficial que representa a filha bilionária do ex-presidente de Angola. Em um comunicado enviado à Reuters, a fonte oficial de dos Santos disse que seus advogados “consultaram o banco de dados da Interpol e até agora não houve indicação de que um mandado de prisão foi emitido”.

A agência de notícias portuguesa Lusa informou na sexta-feira que a Interpol emitiu um mandado de prisão depois que promotores em Angola pediram à agência para “localizar, prender” e extraditar Dos Santos. A Interpol e os promotores não responderam aos pedidos de comentários da Reuters.

Citando um documento oficial, a Lusa disse que a empresária, de 49 anos, é procurada por alegados crimes de peculato, fraude, tráfico de influência e branqueamento de capitais. Dos Santos enfrenta acusações de corrupção há anos, incluindo uma alegação de 2020 de Angola de que ela e o marido canalizaram US$ 1 bilhão em fundos estatais para empresas nas quais tinham interesses durante a presidência de seu pai.

Ela negou repetidamente qualquer irregularidade. A fonte de Dos Santos disse que ela ouviu sobre processos judiciais contra ela em Portugal e Angola por quase três anos, mas nunca foi apontada como ré.

“Durante esses quase três anos, ela se colocou oficialmente à disposição para testemunhar sempre que intimada”, disse a fonte. Segundo a reportagem da Lusa na sexta-feira, o mandado de prisão menciona que dos Santos é um residente frequente de Portugal, Grã-Bretanha e Emirados Árabes Unidos.

As autoridades estão cientes do paradeiro de dos Santos, disse a fonte oficial. O pai de Dos Santos, José Eduardo dos Santos, que morreu em julho, governou Angola por quase quatro décadas até 2017.

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