O Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep) apelou ao governo para acabar com a “discriminação” contra os professores portugueses no estrangeiro no acesso a uma carreira.
Orlando Silveira, membro da comissão permanente do Sindep, disse à Lusa que se tratava “da regulamentação em vigor em Portugal dos concursos para professores do ensino básico e secundário”.
“Os concursos externos abertos pelo Ministério da Educação prevêem a possibilidade de os professores que lecionam em Portugal com contrato a termo certo poderem participar em primeira prioridade pelo terceiro ano consecutivo de acordo com um calendário anual e completo, o que garante o acesso direto ao carreira e resultando em melhor remuneração”, explicou.
“No entanto, os candidatos atribuídos ao Ministério dos Negócios Estrangeiros através de uma comissão de serviço do Instituto Camões serão relegados a segunda prioridade.”
Estes docentes do ensino português no estrangeiro (EPE) “não têm atualmente a possibilidade, do ponto de vista legal, de se integrarem como primeira prioridade para poderem ingressar na profissão”, disse.
“Se não iniciarem a carreira, não têm chance de avançar por causa do tempo de serviço e das avaliações que foram feitas”, lamentou.
O sindicalista lembrou que a Assembleia da República já tinha recomendado ao governo (Resolução 237/2018) “colocar os professores da EPE como primeira prioridade do concurso externo previsto no regulamento do concurso”.
“A própria Assembleia da República já identificou o problema, aprovou a resolução, mas não surtiu efeito”, disse Orlando Silveira.
Segundo o sindicalista, nestas condições, os professores interessados em regressar a Portugal não o fazem por causa desta “discriminação”.
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