Apelos à retirada de imigrantes madeirenses e açorianos

“Há muitos emigrantes que querem regressar à Madeira e aos Açores”, disse à Agência Lusa em Londres, onde realizou uma sessão conjunta de publicação do Programa com o Consulado Geral na Embaixada de Portugal no Reino Unido.

O responsável disse “esperar que haja um entendimento” entre o Governo português e os governos regionais sobre esta matéria para que possam ser criados programas com os mesmos apoios e condições que possam atrair emigrantes portugueses para as ilhas.

O Programa Regresso visa promover e apoiar o regresso a Portugal de emigrantes que tenham saído de Portugal há pelo menos três anos, bem como dos seus descendentes e demais familiares.

O regime oferece aos repatriados um regime fiscal mais favorável, apoio financeiro e linhas de crédito para ajudar o investimento empresarial e a criação de novos negócios.

No entanto, atualmente esta política beneficia apenas as pessoas que vivem em Portugal continental, porque o Governo entende que as políticas ativas de emprego e de formação profissional são da competência das regiões autónomas.

O governo está a aumentar os recursos da Segurança Social nos Açores e na Madeira provenientes dos governos regionais no orçamento de 2023 para que possam criar programas semelhantes, mas os políticos e líderes insulares queixam-se de discriminação.

O Diretor do Programa, José Albano, admitiu durante a sessão em Londres que este impasse era “desconfortável”, e que até agora evitou visitar os Estados Unidos e o Canadá porque “é difícil manter a diferença de tratamento entre madeirenses e açorianos”. .

Segundo o responsável pelo Programa, desde 2020 foram recebidas um total de 9.098 candidaturas, abrangendo 20.326 pessoas.

A maioria dos candidatos eram residentes na Suíça (2.014), em França (1.695) e no Reino Unido (1.489), sendo que 46% deles optaram por se estabelecer no norte de Portugal e 28% na zona de Lisboa.

Com base no perfil, 44% dos candidatos têm entre 35 e 44 anos e 31% têm entre 25 e 34 anos. Os trabalhadores com formação superior representam 37% do total de trabalhadores, enquanto 31% possuem qualificações abaixo do ensino secundário.

Chico Braga

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