As próximas duas semanas são o “momento mais difícil” para a gripe

Numa altura em que as urgências hospitalares estão sob pressão devido ao pico da época gripal, com tempos de espera superiores a 10 horas em algumas unidades de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), Manuel Pizarro lembra o “problema crónico” do “atendimento excessivo às urgências” e insta os cidadãos a contactarem primeiro o INEM (em casos urgentes) ou o SNS24 (em casos menos graves), antes de se dirigirem ao hospital.

“Temos registado um aumento muito significativo de contactos na linha SNS24”, disse o responsável, num comunicado transmitido pela RTP3, à margem da cerimónia oficial de recepção dos novos médicos e farmacêuticos residentes, em Coimbra.

“De 26 de dezembro a 2 de janeiro foram recebidas mais de 62 mil chamadas e conseguimos aumentar gradualmente o atendimento em vários hospitais durante este período”, disse, citando o exemplo do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que na terça-feira observou “pressão grande número de salas de emergência com mais de 700 atendimentos”.

“Ainda assim, pela primeira vez e fora dos dias normais de trabalho, os Puskesmas permaneceram abertos e atenderam 356 consultas, o que significa que conseguimos tratar um terço da população nos serviços de saúde primários. “Temos que fazer isso gradualmente”, explicou.

O ministro reconheceu que “quando os fluxos de refugiados são muito grandes é mais difícil prestar serviços de saúde imediatos”, mas sublinhou que “globalmente o povo português está muito bem servido no SNS, inclusive em situações de emergência”. No entanto, alertou: “As próximas duas semanas serão o período mais difícil para a gripe sazonal”.

Chico Braga

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