A mudança nas regulamentações fiscais e de residência para estrangeiros não diminuiu O interesse do povo britânico quando se mudar para Portugal, disse a diretora da Câmara de Comércio Portuguesa no Reino Unido, Christina Hippisley.
Acreditamos que pouco ou nada mudou. A maioria de Britânico “Ainda estou a pensar mudar-me para Portugal, principalmente pela qualidade de vida lá, pela relação qualidade/preço e pelo estilo de vida ao ar livre, e não por questões fiscais”, disse à agência Lusa.
A Câmara de Comércio Portuguesa no Reino Unido acolheu a 16ª edição do Evento “Mudar para Portugal”. em março de 2024, uma conferência em Londres que atrai centenas de visitantes todos os anos. A popularidade levou à realização de duas novas reuniões adicionais em 2024, além da habitual reunião de outubro, uma pela primeira vez em março na capital britânica e outra em 18 de abril em Dublin.
“As pessoas no Reino Unido estão a perceber a importância de seguir ‘o caminho certo’, ou seja, obter vistos e abrir negócios da maneira certa. Portanto, eles veem a participação na nossa feira como um importante ponto de partida no caminho da mudança”, explicou Christina Hippisley.
No ano passado, o governo português restringiu o acesso à tarifa especial para novos residentes não comuns e ao regime de residência para investimento, o chamado visto dourado, que atraiu muitos britânicos devido ao fim da liberdade de circulação na União Europeia como resultado do Brexit. Uma análise de dados de visitantes realizada em 2023 concluiu que os principais motivos para participar da feira foram conhecer:
- residência e vistos (54,5%);
- planejamento tributário (46,6%);
- comprar casa (42,2%);
- e oportunidades de investimento (37,8%).
Quase 80% dos entrevistados eram novatos e 37% eram planejados mudar para Portugal em menos de um ano. Hippisley tem visto a participação nos últimos anos de um número crescente de trabalhadores remotos, muitas vezes chamados de “nômades digitais”, bem como o interesse contínuo de casais mais velhos e aposentados.
Este novo público, acrescentou ela, consiste em pessoas “mais jovens e mais orientadas para a família, mas com orçamentos imobiliários e de estilo de vida maiores”. Outra novidade é que todo o país se tornou atraente para os britânicos viverem incluindo os Açores e a Madeira, e não apenas o Algarve ou Lisboa, pelo que a Câmara de Comércio decidiu dar visibilidade a diferentes regiões.
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