À medida que o uso de mídia social continua a crescer, o mesmo acontece com a quantidade de informações publicadas online.
Além de páginas oficiais de canais de TV ou qualquer outro meio de comunicação reconhecido, alguns sites publicam notícias falsas que podem levar as pessoas a não entenderem os fatos.
Para combater as fake news, os portugueses podem confirmar a veracidade das notícias num site chamado “O Polígrafo”. No entanto, para ajudar a combater a desinformação no país, uma start-up portuguesa chamada The Newsroom está a trabalhar como um plugin para navegadores para ajudar as pessoas a saberem se o que lêem é real.
As notícias de Portugal pediu a uma das pessoas encarregadas da start-up, Jenny Romano, para entender como o plug-in de inteligência artificial (IA) funcionará.
TPN: Como surgiu a ideia de começar a The Newsroom?
Jenny Romano: A história recente nos mostrou quão abrangente e urgente é o problema da desinformação e da desinformação e quão profundas podem ser suas consequências. Enquanto começamos oficialmente a trabalhar em nosso projeto no final de 2020, passamos três anos fazendo brainstorming e nos educando sobre desinformação e possíveis soluções enquanto trabalhamos em empresas de tecnologia e percebemos como a tecnologia pode amplificar a desinformação e, mais importante, como ela pode ser usada para o bem. isto. Nossa experiência coletiva impulsiona nossa missão – combater a desinformação e promover a pluralidade online – e a mantemos no centro de tudo o que fazemos no The Newsroom.
TPN: Há quanto tempo os serviços de redação estão disponíveis?
JR: Lançamos a primeira versão de nossa tecnologia, um Produto Mínimo Viável, no final de julho de 2021. Desde então, evoluímos nosso produto graças ao feedback de nossos brilhantes primeiros testadores e estamos prestes a lançar nosso primeiro produto beta aberto, uma extensão de navegador que oferece aos usuários uma avaliação transparente da confiabilidade das notícias online. Atualmente, a extensão está disponível para notícias em inglês, mas planejamos expandi-la para cinco idiomas adicionais – incluindo português – nos próximos 18 meses.
TPN: Como as funções de IA podem funcionar nos dispositivos das pessoas?
JR: Nosso primeiro produto é uma extensão de navegador que estará disponível em meados de dezembro. Como usuário, você navega em seu feed de notícias e obtém uma avaliação instantânea da confiabilidade do que está lendo, exibido como nosso logotipo codificado por cores. Passar o mouse sobre ele fornece uma avaliação detalhada e totalmente transparente dos cinco componentes que consideramos: Fonte, Autor, Referências, Principais Reivindicações e Posicionamento da Informação.
TPN: Como as pessoas podem usar os serviços do The Newsroom?
JR: Por enquanto, os leitores podem acessar thenewsroom.ai e se inscrever para nosso próximo lançamento. Notificaremos você primeiro assim que nossa extensão estiver disponível publicamente.
TPN: Qual a importância dos serviços do The Newsroom em um momento em que as notícias falsas estão “invadindo” as mídias sociais em particular?
JR: Nos últimos cinco anos, tivemos ampla oportunidade de ver em primeira mão como o problema da desinformação é difundido e a urgência de abordá-lo e construir a pluralidade. Muitas vezes consumimos informações em plataformas que nos afastam mais do que nos aproximam, e isso, juntamente com informações imprecisas ou altamente tendenciosas, leva à polarização em que todos vivemos hoje. A redação ou qualquer outra empresa não resolverá isso sozinha: precisamos que todas as partes – empresas de tecnologia, sociedade civil, governos, editoras – trabalhem em direção ao objetivo comum de construir uma sociedade mais sólida e inclusiva, baseada no debate saudável e não ultraje.
TPN: Que planos tem para o futuro da sua start-up?
JR: Nossa visão no The Newsroom é desenvolver um ecossistema de informações que seja inerentemente inclusivo e construído sobre os valores de confiança e debate saudável. O marco que estamos alcançando é o lançamento da expansão pública. No início do próximo ano, lançaremos um aplicativo móvel trabalhando na descoberta de notícias – oferecendo um instantâneo dos eventos atuais, bem como a capacidade de mergulhar profundamente no contexto histórico e atual para atualizar os usuários sobre os eventos mais importantes que levaram às notícias que lemos hoje, como diferentes editoras falam sobre o mesmo assunto, quais são as diferenças e o mais importante, quais são as semelhanças. Mais amplamente, nosso objetivo é construir um negócio saudável com um impacto claro e quantificável na sociedade e no setor de mídia. Estamos trabalhando para atingir nossas metas de contratação e sentimos que esse é um elemento crítico: faremos o possível para integrar pessoas que ingressaram em nossa empresa por causa de nossa missão e optaram por ficar porque é um lugar brilhante para aprender, crescer e liderar com propósito – todo o resto segue.
A ferramenta mais importante para evitar acreditar em desinformação ou fake news é a alfabetização midiática, que é a capacidade das pessoas de definir se a informação é falsa ou não. O governo português já criou uma plataforma chamada O Leme que pode ser usada nas escolas para ensinar os alunos a identificar informações falsas.
Para entender se um artigo publicado on-line ou em papel é falso, os leitores devem estar cientes de características como a fonte usada, que pode ser confiável, por exemplo. B. Agências de notícias ou dados estatísticos certificados.
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