LISBOA (Reuters) – A economia de Portugal encolheu 0,2% no terceiro trimestre em relação ao período de três meses anterior, ao crescer 0,1% revisado, refletindo um declínio nas exportações líquidas em meio a um declínio mais amplo na atividade na Europa, disseram autoridades. Dados nesta terça-feira mostrou .
O Instituto Nacional de Estatística (INE) também afirmou na sua estimativa rápida que o crescimento do PIB do país desacelerou para 1,9% em termos anuais, de 2,6% em Abril-Junho.
O contributo trimestral das exportações líquidas para o PIB tornou-se negativo depois de ter sido positivo no segundo trimestre, “refletindo a diminuição das exportações de ambas as componentes, bens e serviços, incluindo o turismo”. O contributo da procura privada interna – consumo e investimento – para o PIB passou de negativo para positivo.
Filipe Garcia, chefe da consultora Informação de Mercados Financeiros, afirmou: “Estes são os sinais claros de que a desaceleração das economias global e europeia também está a atingir Portugal”.
“Isto é particularmente evidente no declínio das exportações de bens e no recente declínio da confiança dos consumidores devido à pressão inflacionista sobre o rendimento disponível das famílias”, disse.
O escritório de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse na terça-feira que o PIB dos 20 países que compartilham o euro caiu 0,1% em termos trimestrais a trimestre no período de julho a setembro.
O governo português espera um crescimento do PIB de 2,2% este ano, em comparação com 6,8% em 2022 – o crescimento mais forte em 35 anos.
Garcia disse que “há riscos no horizonte, particularmente o recente conflito no Médio Oriente, mas a meta de crescimento anual do governo ainda pode ser alcançada”.
Num comunicado de imprensa separado, o INE disse que a inflação em Portugal abrandou para 2,1% em termos homólogos em Outubro, depois de ter subido 3,6% no mês anterior, enquanto os preços ao consumidor caíram 0,2% numa base mensal.
(Reportagem de Sergio Gonçalves; edição de David Latona e Andrei Khalip)
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