Governo de Portugal sobrevive a moção de desconfiança de extremistas de direita

OVIEDO, Espanha

O governo de esquerda de António Costa sobreviveu a um voto de censura do partido de extrema-direita Chega, na terça-feira.

Durante mais de três horas de debate acalorado, Costa rejeitou a moção como um golpe mediático que “não significa nada” para o povo português. “Enquanto o Governo se concentra nas soluções, o Chega prospera no caos”, acrescentou.

O líder do Chega, André Ventura, abriu o debate dizendo que o atual governo e o primeiro-ministro foram “os piores” que Portugal alguma vez teve. Portugal foi governado pelo autoritário Antonio de Oliveira Salazar de 1932 a 1968.

Apenas o partido centrista Iniciativa Liberal (IL) apoiou o Chega na votação. E com apenas 17 votos a favor, 62 abstenções e 131 contra, os partidos não estiveram perto de derrubar o governo.

A moção serviu para destacar as rupturas com o bloco de direita de Portugal.

Ventura criticou o Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, por não apoiar a moção, sugerindo que estava do lado de um governo “que está a destruir o país”.

O líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, enfatizou então a abordagem orientada para a solução do partido, enquanto o líder da IL, João Cotrim Figueiredo, criticou a moção “infantil” e disse que Costa deveria estar “muito feliz” com os resultados. O seu partido apenas apoiou a moção porque apresentou a sua própria moção de censura na última legislatura.

Ventura descreveu o Chega, que obteve 7% dos votos nas eleições nacionais de 2022, como o único partido de direita que derrotará as forças de esquerda do país.

Em 2022, o governo de Costa obteve uma maioria inesperada, apenas a segunda na história do partido.

As moções de censura têm um histórico de derrotas em Portugal. Desde 1979, 28 foram votados por políticos, mas apenas um, em 1987, foi bem-sucedido.

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Alberta Gonçalves

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