Governo demite toda a direcção da holding estatal Parpública

Apenas a mais recente “expurga” política enquanto o governo AD de Portugal se prepara para regressar ao parlamento

O governo de centro-direita de Portugal tem o AD decidiu afastar toda a direcção da Parpúblicaliderado por José Realinho de Matos, confirmou hoje à Lusa o Ministério das Finanças, uma vez que a decisão foi comunicada ao próprio senhor de Matos.

Segundo o Jornal de Negócios, a razão apresentada foi que o A administração foi “mais reativa do que preventiva” assim como Falha em fornecer o ministério com informação oportuna.

O Ministério das Finanças confirmou à Lusa, mas não deu mais detalhes sobre a destituição do conselho de administração da empresa gere os investimentos do Estado português.

A Parpública gere diversos investimentos públicos em empresas como a TAP e o fornecedor industrial Inapa (atualmente em processo de falência).

No caso da Inapa, o Ministério das Finanças disse que só tomou conhecimento da “situação crítica” no dia 11 de julho (quando a negociação de ações foi suspensa), altura em que contactou a Parpública. Este último explicou que a Inapa pediu uma injeção de 12 milhões de euros para necessidades imediatas de caixa, embora já tenha havido um pedido de 15 milhões de euros para a reestruturação.

O financiamento foi finalmente rejeitado e a empresa iniciou um processo de falência. O conselho de administração da Inapa afirmou no início deste mês que “nunca foi possível” resolver o problema de capitalização da empresa porque o seu maior acionista, a Parpública, não estava disposto a fazê-lo. A empresa fez mais de 50 abordagens para recapitalizar e reestruturar, mas todas falharam.

Esta é apenas a mais recente demissão de um membro do conselho ou chefe de uma empresa pública por este governo. E José Luís Carneiro, antigo ministro do Interior da era socialista, acusou o governo de “limpar” os cargos mais importantes do estado.

Carneiro junta-se a outras vozes que condenam o governo por reverter o que os socialistas consideram as suas “boas políticas e decisões”. Falou ao Diário de Notícias e disse que na sua opinião o O último governo fez tudo o que pôde em matéria de imigração (outra afirmação duvidosa, dado o lendário atraso de casos assumidos pelo Serviço de Asilo e Imigração e os níveis terríveis de sem-abrigo e condições de vida precárias sofridas por muitos migrantes.) Mas como esta frase chega tão perto do “fim das férias de verão e Após o regresso à actividade parlamentar quotidiana, é evidente que não haverá uma cordialidade relaxada entre os partidos políticos quando se voltarem a enfrentar em Setembro.

Entretanto, o governo não perdeu tempo em nomear um novo conselho. Afirmou que no futuro espera uma abordagem muito mais técnica da Parpública para abrir caminho a um “novo ciclo estratégico”.

Fonte: LUSA/ SIC Notícias/ Jornal de Negócios

Nicole Leitão

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