O governo concordou com um aumento de 8% do salário mínimo após mais de um mês de negociações com os sindicatos CC.OO e UGT, mas sem o apoio da principal organização patronal, a CEOE.
Governo de esquerda vai aumentar salário mínimo (SMI) em 14 prestações para 1.080 euros brutos, parceiro EURACTIV EFE relatou.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou na terça-feira um acordo provisório entre a ministra espanhola do Trabalho, Yolanda Díaz (Unidas Podemos, GUE-NGL), o secretário-geral da UGT, Pepe Álvarez, e Unai Sordo CCOO.
Falando no Senado, Sánchez lembrou o declínio da compra de salários na Espanha na última década, que atribuiu à falta de responsabilidade política e também à falta de “solidariedade” do setor privado com a classe trabalhadora.
O primeiro-ministro socialista defendeu a aumenta do salário mínimo que foi decidido desde que assumiu o cargo contra a “forte oposição dos neoliberais”, afirmou.
Díaz expressou sua satisfação com o acordo, que considera uma boa notícia para os trabalhadores que “são os que sofrem com a perda do poder aquisitivo”.
É um acordo “bipartido” alcançado com os sindicatos “no âmbito do diálogo social”, um acordo “extremamente importante”, explicou Díaz.
O CCOO e a UGT pediram um aumento de 10% até 1.100 euros, enquanto Díaz já havia apoiado a faixa superior de um relatório de um painel de especialistas que previa um aumento entre 4,6% e 8,2% para o próximo ano.
O Ministério do Trabalho recordou em comunicado de imprensa que o salário mínimo aumentou 47%, ou seja, 344 euros por mês, nos últimos cinco anos, referindo que este novo aumento “permitirá aliviar a pobreza salarial e reduzir o fosso entre os sexos “.
Segundo dados do Eurostat, o salário mínimo em Portugal é de 760 euros, em França 1.465 euros, na Alemanha 1.703 euros, no Luxemburgo 2.046 euros e na Bulgária 341 euros.
(Fernando Heller | EuroEFE.EURACTIV.es)
“Leitor. Praticante de álcool. Defensor do Twitter premiado. Pioneiro certificado do bacon. Aspirante a aficionado da TV. Ninja zumbi.”