Governo português impõe imposto mínimo de 15% às grandes empresas multinacionais – Euractiv

O governo português está a avançar com a introdução de um imposto mínimo de 15 por cento para empresas multinacionais e nacionais. Isto emerge do pacote de medidas adotado na reunião de gabinete de quinta-feira.

Esta é uma das 60 medidas em Pacote governamental O objectivo não é apenas estimular a economia portuguesa, mas também implementar uma directiva da UE sobre a tributação mínima dos lucros das empresas multinacionais e das grandes empresas nacionais.

Portugal atrasou-se na transposição da directiva e a Comissão Europeia iniciou processos por infracção.

Como sublinhou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de gabinete, a implementação “deveria ter ocorrido até ao final de 2022. Ela já está um ano e meio atrasada.”

Como resultado, o governo está “a fazer algo que o Estado português já deveria ter feito e a exigir que as empresas multinacionais paguem uma receita fiscal mínima justa”, acrescentou.

No dia 1 de janeiro, entrou em vigor a legislação da UE que introduz uma taxa de imposto mínima efetiva de 15 por cento para grandes empresas nos estados membros da UE. São afetadas as empresas multinacionais e os grandes grupos nacionais com rendimentos financeiros combinados superiores a 750 milhões de euros por ano.

A directiva da UE seguiu o acordo global do G20 e da OCDE e visa “criar maior justiça e estabilidade no panorama fiscal dentro e fora da UE, limitando o nivelamento por baixo no imposto sobre as sociedades e reduzindo o incentivo para as empresas” mudarem os seus lucros para jurisdições com impostos baixos”, como a Comissão Europeia sinalizou ao adoptar a directiva.

(Mariana Espírito Santo, Lusa.pt)

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Alberta Gonçalves

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