As conclusões do comité de avaliação de segurança sobre os riscos dos equipamentos 5G podem ser excluídas ou limitadas, mas esta é uma questão da autoridade reguladora das telecomunicações Anacom, disse o governo à Lusa, parceira da EURACTIV, na segunda-feira.
Na semana passada, no âmbito do Conselho Supremo para a Segurança do Ciberespaço, o comité publicou conselhos sobre o “alto risco” para a segurança das redes e serviços 5G decorrentes da utilização de equipamentos de fornecedores provenientes de fora da UE, da NATO, entre outros ou da OCDE. . Estes sistemas causam problemas porque “o sistema jurídico do país em que está sediado” ou ao qual está vinculado “permite que este governo exerça controlo, interferência ou pressão sobre as suas atividades em terceiros países”.
Embora nenhum país ou empresa seja nomeado, é provável que seja a Huawei, que foi sujeita a proibições de 5G em vários países, incluindo o Reino Unido e a Suécia.
O gabinete do secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, Mário Campolargo, disse que tendo em conta as conclusões poderá levar a isso Exclusão, Aplicação de Limitações ou Rescisão o uso de dispositivos ou serviços.
Acrescentou ainda que “devem ser seguidas e aplicadas as considerações da Comissão de Avaliação de Segurança da Anacom baseadas na avaliação de risco realizada”. [the national communications regulator] no prazo permitido para tal”, nos termos do artigo 62.º da Lei n.º 16/2022, de 16 de agosto, que autoriza a Lei das Comunicações Eletrónicas (LCE).
“O conteúdo da decisão tomada na sequência da avaliação de risco foi classificado com o nível de “Reservado” do rótulo nacional, uma vez que o seu conteúdo diz respeito a informações cujo conhecimento ou divulgação por pessoas não autorizadas possa ser contrária aos elevados interesses do país e económicos. operadores”, disse o escritório.
A classificação “foi feita de acordo com o disposto nas Instruções para Segurança Nacional, Proteção e Defesa de Informação Classificada, abreviadamente SEGNAC 1, aprovada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 50/88, de 3 de dezembro, alterada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 13 /93 de 6 de março e 70/2019 de 17 de abril”, recorda o governo.
A Huawei também foi contactada pela Lusa e diz ter conhecimento de que “o governo português publicou informação sobre a avaliação de risco das redes de telecomunicações”, mas que a empresa “não tinha conhecimento prévio da publicação e está a tentar obter mais informações junto das entidades relevantes”. autoridades sobre o assunto.” Natureza desta avaliação.”
Recorda que “a Huawei trabalha com operadores portugueses há mais de duas décadas para desenvolver redes de comunicações e fornecer serviços de elevada qualidade que servem milhões de pessoas” e que “a Huawei tem recebido múltiplos prémios do governo português, bem como do público em geral”. e ao público em geral “Instituições privadas pelo seu papel na criação de empregos qualificados, pela sua capacidade de inovação e pelo seu contributo para a inovação e transformação digital, tendo investido mais de um milhão de euros na formação de talentos digitais”.
Neste sentido, “continuaremos a cumprir as leis e regulamentos aplicáveis para servir os consumidores e as empresas portuguesas que confiam nos nossos produtos e serviços”, acrescenta a empresa.
(Alexandra Luís | Editado por Nuno Simas | Lusa.pt)
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