O governo português está a trabalhar em várias soluções para minimizar o impacto da paragem de produção de nove semanas na fábrica de automóveis Autoeuropa da VW nos trabalhadores e nas empresas fornecedoras, disse o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes.
“Já temos planeadas uma série de iniciativas para responder às diferentes situações, seja mobilizando recursos de formação profissional que os trabalhadores possam utilizar através das empresas durante o encerramento, seja facilitando que as prestações sociais a que possam ter direito possam ser processadas o mais rapidamente possível. ” Miguel Fontes contado Lusa.
“O governo está a acompanhar de perto a situação”, disse Fontes, salientando na segunda-feira que ele, o ministro do Trabalho e o secretário de Estado dos Assuntos Económicos receberam na terça-feira a comissão de coordenação das comissões de trabalhadores das empresas no parque industrial da Autoeuropa.
Fontes disse ainda que o governo falou com os dirigentes da Autoeuropa, mas destacou que “a situação não se limita à própria Autoeuropa”.
«Há todo um conjunto de empresas que prestam serviços à Autoeuropa. O objectivo é saber a situação destas empresas, até que ponto são afectadas pela interrupção de actividade e encontrar tantas situações quantas forem necessárias para minimizar o impacto desta interrupção de actividade, especialmente em termos de emprego, que é a dimensão que preocupa-nos os mais ocupados”, enfatizou.
Por outro lado, acrescentou o ministro do Trabalho, “o governo também procura garantir que as empresas tenham as ferramentas e os apoios necessários para passarem esta fase com mais tranquilidade, face a uma situação em que tal não acontecia”. obviamente terá um impacto significativo nas operações dessas empresas.”
Fontes disse ainda que os contactos com a Autoeuropa visam compreender a situação de todos os trabalhadores e empresas afetadas pela paragem produtiva na Autoeuropa, que começou na segunda-feira e poderá prolongar-se até 12 de novembro, segundo estimativas da Autoeuropa.
“Temos relatos de diversas situações. Temos colaboradores que pertencem à Autoeuropa, temos colaboradores que têm contrato de trabalho a termo certo com a Autoeuropa, e temos colaboradores que pertencem a empresas sediadas no Parque Autoeuropa cujo único cliente é a Autoeuropa. E depois há as empresas que têm vários clientes, mas para as quais a AutoEurope é por vezes responsável por uma grande parte das suas vendas. E cada uma dessas empresas teve estratégias diferentes”, disse ele.
Segundo Miguel Fontes, os fornecedores da Autoeuropa incluem mais 86 empresas, além das 19 empresas sediadas na área industrial.
Devido às dificuldades de um fornecedor na Eslovénia, que foi gravemente afetado pelas cheias do início de agosto, a Autoeuropa teve de suspender a produção durante nove semanas.
A paralisação da produção já provocou o despedimento de 300 trabalhadores temporários e temporários, incluindo 100 da fábrica automóvel Volkswagen e cerca de 200 de diversas empresas sediadas na zona industrial da Autoeuropa, em Palmela, no distrito de Setúbal.
(Gualter Ribeiro | Lusa.pt, editado por Nuno Simas)
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