BUDAPESTE, 31 Dez (Reuters) – A Hungria comprará vacinas por meio do mecanismo de aquisição da União Europeia ou diretamente da China, já que a Rússia não tem capacidade suficiente para produzir vacinas, disse o chefe de gabinete do primeiro-ministro Viktor Orban nesta quinta-feira.
A Hungria juntou-se ao esforço de teste da Rússia e foi um dos primeiros a receber pequenas quantidades da vacina russa Sputnik-V, levantando preocupações entre os pares europeus de que ela contornaria o mecanismo de aprovação da União Europeia.
“A Rússia tem capacidade de produção insuficiente”, disse Gergely Gulyas em entrevista ao canal ATV, de acordo com uma transcrição no site da ATV.
Ele acrescentou que a Hungria está feliz em participar dos testes da Rússia, mas que o fornecimento em larga escala de vacinas deve ser “parte do processo da UE ou da China”.
Seus comentários são a primeira indicação clara de que as vacinas russas não estão sendo usadas em vacinações em massa na Hungria.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, foi criticado durante seu governo de décadas por forjar laços com o líder russo Vladimir Putin, que incluíram projetos conjuntos de grande escala, como uma nova usina nuclear.
Orban disse que a Hungria não descarta uma maneira de garantir todas as vacinas disponíveis e Budapeste enviou equipes de especialistas à Rússia para monitorar a fabricação. Também concordou em participar de seus ensaios.
O governo não se comprometeu a submeter as vacinas que usa à Agência Europeia de Medicamentos para aprovação e disse repetidamente que usaria seus próprios especialistas para testes e aprovação, o que é uma opção temporária obrigatória para os estados membros da UE em uma situação de emergência.
Como alguns outros países europeus, a Hungria também promoveu relações com a China como parte de sua estratégia de “abertura para o leste”.
Reportagem de Marton Dunai; Editado por John Boyle
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