Quem pensa em comprar uma casa perto do mar ou de uma grande ria, seja para habitação ou para férias, verifica que os preços subiram em 81 dos 84 concelhos portugueses, segundo o idealista.
Em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, os preços das casas foram os que mais subiram (+43%) entre o segundo trimestre de 2023 e o período homólogo. Também em São Vicente e na Ribeira Brava (ambas na ilha da Madeira), na Murtosa (Aveiro) e em Óbidos (Leiria), os preços das casas à venda aumentaram cerca de 40% em apenas um ano.
De acordo com os dados da, só houve três comunidades costeiras onde as casas à venda eram mais baratas neste período: Estarreja em Aveiro (-13%), Esposende em Braga (-9%) e Sesimbra em Setúbal (-2%). idealista/data.
Onde ficou mais barato?
Mas em quais comunidades é mais barato comprar uma casa perto da praia? De acordo com as mesmas bases estatísticas, há apenas sete concelhos onde o preço médio das casas à venda à beira-mar é inferior a 1.100 euros por metro quadrado (euros/m2) – e apenas três deles situam-se em Portugal Continental:
Nordeste (ilha de São Miguel, Açores): Comprar casa custou em média 879 euros/m2 no segundo trimestre de 2023;
Estarreja (Aveiro): 937 euros/m2;
Marinha Grande (Leiria): 1.009 euros/m2;
Angra do Heroísmo (Ilha Terceira, Açores): 1.022 euros/m2;
Praia da Vitória (Ilha Terceira, Açores): 1.061 euros/m2;
Cantanhede (Coimbra): 1.067 euros/m2;
Povoação (Ilha de São Miguel, Açores): 1.083 euros/m2.
Onde é mais caro?
No extremo oposto está o concelho de Lisboa – banhado pelo rio Tejo e a poucos quilómetros da praia em várias direções – onde comprar casa entre abril e junho de 2023 custou em média 5.351 euros/m2 (+7% face ao mesmo período). do último ano). Logo a seguir fica Grândola (no distrito de Setúbal), onde comprar casa custa 4.706 euros/m2. As 5 comunidades costeiras mais caras para comprar casa completam-se com Cascais (4.627 euros/m2), Oeiras (3.967 euros/m2) e Loulé (3.842 euros/m2).
demanda em declínio
Segundo dados do idealista, a procura de casas à venda junto à praia caiu em apenas um ano em 64 concelhos do litoral (76% do total). As maiores quebras registaram-se na Ponta do Sol na ilha da Madeira (-57%), Santiago do Cacém, em Setúbal (-52%) e na Murtosa, Aveiro (-50%).
Por outro lado, registou-se um aumento da procura em 20 concelhos do litoral – incluindo Lisboa (+11%) – onze dos quais nas ilhas da Madeira e Açores.
Devido à queda na demanda, a oferta de casas à beira-mar para venda aumentou em 52 das 84 comunidades analisadas. Em Odemira, o número de casas à venda duplicou entre o segundo trimestre de 2023 e o mesmo período de 2022. Em Santiago do Cacém aumentou 70%, no concelho da Ribeira Brava (Ilha da Madeira) 57% e em Mafra 51%.
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