Em declarações à agência Lusa, António Nunes indicou que às 13h00 existiam “duas áreas operacionais”, uma delas no concelho de Curral das Freiras, concelho de Câmara de Lobos, na zona da Fajã dos Cardos. .
“Em princípio, se o vento continuar calmo, não teremos problemas com as casas porque o vento vai empurrar o fogo no sentido oposto ao das casas”, explicou. Por outro lado, acrescentou: “Se o fogo atingir o topo da montanha, será possível intervir nesta zona com meios aéreos”, se o helicóptero estiver disponível nesse momento e as condições meteorológicas o permitirem.
“É impossível fazer qualquer coisa nesta área a pé ou com máquinas”, enfatizou. O presidente da Defesa Civil Regional descreveu esta situação como “a mais preocupante de todas”, por se tratar de uma zona inacessível, e sublinhou que na Fajã dos Cardos pouco há que se possa fazer além de esperar. “Mesmo as forças aéreas não conseguem chegar ao vale, pois os ventos neste vale fechado são tão fortes que não podemos operar lá. Também não podemos ir lá para deixar cair água”, explicou.
Na “zona operacional da Serra de Água”, no concelho da Ribeira Brava, ocorreram “três frentes” ao início da tarde porque a “Encumeada [in the same municipality] “A situação é limitada” e atualmente não suscita “preocupação”, afirmou o presidente da defesa civil regional.
Em declarações à Lusa esta manhã, o presidente da Câmara da Ribeira Brava, Ricardo Nascimento, disse que a frente da Encumeada foi dizimada.
No concelho da Ponta do Sol, o incêndio atinge as zonas da Lombada, Canhas e Ribeira da Tábua, acrescentou António Nunes.
Nessas áreas, disse ele, o fogo está “se espalhando lentamente” e deverá estar sob controle “dentro de algumas horas”.
Sobre os incêndios na Ponta do Sol, o responsável explicou que “estão realmente muito próximos”, mas disse que “é um exagero falar de uma frente”.
“Temos 80 equipes de emergência no local, com 25 recursos […]“Quase todos estes recursos mecânicos e pessoal estão localizados na zona da Ponta do Sol porque este é o único local onde conseguimos fazer alguma coisa com os recursos terrestres”, disse.
O incêndio rural na Madeira deflagrou na quarta-feira na serra da Ribeira Brava e alastrou-se ao concelho de Câmara de Lobos no dia seguinte e ao concelho da Ponta do Sol no fim de semana.
Durante esses sete dias, as autoridades ordenaram que quase 200 pessoas deixassem as suas casas por precaução e forneceram abrigos públicos de emergência. No entanto, muitos moradores já regressaram, com exceção da Fajã das Galinhas em Câmara de Lobos e da Furna na Ribeira Brava.
O combate às chamas é dificultado pelos ventos agora mais fracos e pelas altas temperaturas, mas não há relatos de destruição de casas ou infraestruturas importantes. Um bombeiro foi tratado no hospital por exaustão, mas não houve outros feridos.
As projeções do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais citadas pelo governo regional assumem que 7.000 hectares de terra foram queimados.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas, mas o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, fala em incêndio criminoso.
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